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Wolney Dias técnico do Quixadá

Tranqüilo, bom papo, conversa fácil assim é Wolney Dias, atual técnico de uma das gratas surpresas do campeonato cearense deste ano, o Quixadá.
DL -  Wolney, antes de começar o campeonato só se falava de Ceará, afinal, o alvinegro havia se classificado para a primeira divisão do brasileiro.
Em relação aos times pequenos como o Quixadá, que inclusive até era duvida se iria ou não disputar o campeonato, a discussão era quem iria cair primeiro, mas pelo andar da carruagem, a coisa agora esta diferente.
Wolney - Pois é, no inicio do campeonato eu ainda estava no Caucaia, onde fomos campeões da terceira divisão do ano passado e demos inicio ao trabalho para a segundona, o Paulo Mauricio foi quem iniciou o campeonato com o Quixadá, pôr sinal com um trabalho muito bom. Com a saída do Paulo para o Boa Viagem eu estou tentando levar o Quixadá para o G4.
DL - Você acha que consegue?
Wolney - Temos no momento treze pontos e dois compromissos dificílimos, mas se fizermos mais quatro pontos, certamente estaremos dentro.
Paulista da cidade de Limeira, Wolney nasceu em 19/08/1954. Iniciou sua vitoriosa carreira como atleta nas bases do Guarani de Campinas em 1972, onde subiu para os profissionais no ano seguinte.
DL-  Wolney, quem foi seu primeiro técnico?
Wolney - Adailton Ladeira, que fez parte do ataque do Bangu campeão carioca de 1966 e hoje esta no Corinthians, naquela época o Guarani era uma maquina.
DL -  Como atleta qual foi um dos momentos mais marcantes de sua carreira?
Wolney - Em 74 fui emprestado para o Colorado do Paraná, onde fomos vice- campeões voltei no ano seguinte para o Guarani que me vendeu para o Santa Cruz do Recife, esta saída do Guarani, foi um dos momentos mais doloridos da minha carreira, entretanto foi no Santa Cruz onde tive os meus melhores momentos. Fomos campeões em 76, bi - super em 78 e em 79 em 75 fomos o quarto colocado no Brasileirão 78/79 e fizemos depois uma excursão a Europa e Oriente médio, foram doze jogos e voltamos invictos, vencemos dez e empatamos dois, um deles com o poderosíssimo Paris ST. German em Paris, foi dois a dois eu fiz os dois do Santa.
DL - E o Futebol cearense, como entrou na sua vida?
Wolney – Então! Hoje eu já me sinto cearense sabia? Depois do Santa Cruz, tive passagens pelo Mato Grosso e São Paulo. Foi em 82 que eu vim para o Ceará, e joguei em um ataque que fez mais de 100 gols, era eu o Ademir Patrício e o Ramon, mas não ganhamos nada, no ano seguinte fui emprestado ao 13 de Campina Grande pra disputar o campeonato nacional, mas terminada a competição voltei ao Ceará, onde fomos campeões em 84, em 85 fomos o 10º colocado no nacional e eu fui o artilheiro do Ceará com 10 gols.
DL -  Foram três anos de Ceará então?
Wolney – Sim, e bem vividos, ao lado de jogadores do mais alto nível, não só do futebol cearense, mas brasileiro como Djalma, Anselmo, Ademir Patrício, Ramon, Alves, Josué... E muito mais gente boa que não dá pra colocar todos porque a lista é enorme.
DL- E depois de 85?
Wolney –Manaus, onde fui campeão e artilheiro do campeonato amazonense daquele ano pelo Rio Negro.
DL- Em seguida...
Wolney - Tive uma passagem rápida pelo Ferroviário, fui pra Alagoas pro Asa de Arapiraca e parei aos 33 anos no Baraúnas do RN.
DL - E a carreira de Técnico?
Wolney - Parei em 88 e voltei ao Ceará onde fui trabalhar numa gráfica, trabalhei por 10 anos nesta empresa. Então em 98 o Ageu dos Santos me convidou para auxiliá-lo nos profissionais do Ferroviário, foi ai o inicio. Em seguida assumi o sub17 e fomos campeões de 98, depois fui para o Fortaleza ainda nas bases, sub 16,17 e 20, fui campeão da Copa Alagoas pelo Fortaleza como auxiliar do Frasson. Em 2003 fiz na UFC através da AGAPE curso profissionalizante para técnico.
DL -  E o Quixadá?
Wolney – Tudo começou em 2008 quando disputei a 3ª divisão pelo Crateús, fizemos uma boa campanha e no ano seguinte fui convidado pelo Dr. Walmir Araújo para assumir o Quixadá que estava em vias de cair, com muito trabalho conseguimos o nosso intento,que era livrar o Quixadá do rebaixamento. Terminado o campeonato fui para o São Benedito que disputava a segunda divisão, em seguida para o Caucaia na terceira onde fomos Campeões, e agora, de volta ao Quixadá onde esperamos classifica-lo para este G4.
DL - Contra o Guarany não deu, porem nos dois jogos anteriores, as duas viradas fizeram historia.
Wolney – Contra o Guarany jogamos tão bem quanto nos dois jogos anteriores, mas infelizmente, como se diz no futebol não era o nosso dia, a zaga do Guarany tirou bola de dentro do gol e a arbitragem deixou de dar um pênalti a nosso favor, numa cobrança de falta o homem da barreira dentro da área levantou o braço e o arbitro mandou apenas repetir a falta, quanto as viradas... É trabalho, conhecimento do grupo e fazer as mudanças táticas e técnicas no momento certo.
DL- O Quixadá esta no ponto?
Wolney - Dentro da realidade de um time pequeno ainda podemos melhorar, mas como todos sabem as dificuldades são grandes, o Dr. Walmir faz o que pode. Porem garanto! Garra, determinação, luta e muito trabalho, não faltará para que o Quixadá faça uma boa campanha neste ano.

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