Desde 1908, alguns esportes na neve eram disputados junto com os Jogos Olímpicos de Verão. A primeira Olimpíada de Inverno foi organizada em 1924, na cidade francesa de Chamonix, com o nome de Semana Internacional de Desportos de Inverno, para reunir praticantes de esportes como bobsled, curling, patinação no gelo, hóquei no gelo, combinado nórdico, esqui cross-country, entre outros.
O evento, porém, não teve o aval do COI, preocupado com o elitismo das modalidades no gelo ou na neve. Apesar disso, o Comitê decidiu dois anos depois considerar Chamonix como a primeira Olimpíada de Inverno, devido ao enorme sucesso do evento.
Até 1936 os Jogos de Verão e de Inverno eram disputados no mesmo país e no mesmo ano. Após a Segunda Guerra Mundial (que causou o cancelamento de duas edições), os Jogos passaram a ser sediados em países diferentes. Apenas em 1986, porém, a data dos Jogos de Inverno foi separada dos de Verão, ambos acontecendo em anos pares.
A estréia do Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno foi apenas em 1992, sempre presente desde então. Nestas cinco participações, o melhor resultado brasileiro foi o de Isabel Clark em Turim-2006, com a nona colocação no snowboard.
O maior vencedor dos Jogos Olímpicos de Inverno é a Noruega, com um total de 280 medalhas, sendo 98 de ouro. Em segundo, os Estados Unidos, com 216 medalhas, 78 de ouro. O país que mais recebeu os Jogos foram os EUA, com quatro competições. Apenas dez nações já sediaram o evento.
Os Jogos Olímpicos de Inverno reúnem modalidades disputadas no gelo e na neve, com a participação dos melhores atletas do mundo representando os seus países. A competição, considerada a mais importante dos esportes de inverno, é disputada a cada quatro anos, após a eleição no COI (Comitê Olímpico Internacional) da cidade-sede.
Brasil vai torcer por cinco atletas em Vancouver
O Brasil tem cinco atletas confirmados para disputar as provas em Vancouver. Todos eles competem em modalidades da neve. Isabel Clark, Jaqueline Mourão, Jhonathan Longhi, Leandro Ribela e Maya Harrisson.
Jaqueline Mourão e Leandro Ribela estão no esqui cross-country. Jhonathan Longhi e Maya Harrisson, no esqui alpino.
Isabel Clark, do snowboard, é o destaque do Brasil no Canadá. Ela é responsável pelo melhor resultado do país na história dos Jogos Olímpicos de Inverno. Em Turim, em 2006, a carioca foi nona colocada.
O Brasil disputa os Jogos Olímpicos de Inverno desde 1992, quando a Olimpíada foi disputada em Albertville, França. Os brasileiros estiveram presentes desde então.
OS BRASILEIROS EM VANCOUVER
Isabel Clark, 32 anos, nasceu no Rio de Janeiro. Era boa jogadora de vôlei e elogiada praticante de hipismo na adolescência. era boa jogadora de vôlei e elogiada praticante de hipismo na adolescência. Em 1994, numa viagem aos Estados Unidos com os pais para visitar o irmão mais velho, ela conheceu, aos 17 anos, os dois elementos que mudariam sua vida: uma montanha coberta de neve e uma prancha de snowboard. Doze anos depois e muita dedicação, ela conquistaria o nono lugar na Olimpíada de Inverno de Turim - o melhor resultado de um atleta brasileira até hoje em Jogos de Inverno.
A cada dois anos, Jaqueline Mourão está em uma Olimpíada. Seja ela de Inverno ou de Verão. Em 2004, disputou o mountain bike em Atenas. Em 2006, foi a Turim para os Jogos de Inverno. Depois, em Pequim-2008, voltou a disputar a prova do ciclismo. Em Vancouver-2010, competiu no esqui cross-country na Olimpíada de Inverno e ficou na 67ª colocação. Na curta história de resultados relevantes dos esportes de inverno no Brasil, o momento em que os futuros atletas encontram a neve ou o gelo pela primeira vez é quase sempre marcado por ironias finas do destino. No caso de Jaqueline não foi diferente. Ela mesma conta a história:
- Em 2005, fui para uma estação de esqui de Quebec, no Canadá, com meu marido, Guido Visser, que é canadense e disputou os Jogos de Inverno de Nagano, no Japão, em 1998, no esqui cross-country. Como era de se esperar de uma ciclista séria, levei minha bicicleta para treinar. Mas uma tempestade de neve forte e longa cobriu todos os caminhos possíveis. Como iríamos passar muito tempo lá, o Guido [o marido de Jaqueline] sugeriu que eu aprendesse um pouquinho de esqui para andar com ele e, ao mesmo tempo, me exercitar. Fácil imaginar o que aconteceu, né? Claro, o bicho da neve me pegou.
Nikolai Hentsch nasceu em Genebra, na Suíça, no dia 10 de agosto de 1983. Naturalizado brasileiro, o atleta foi 43º lugar esqui alpino downhill e 30º no slalom gigante na Olimpíada de Inverno de Turim, em 2006. Nos Jogos de 2002, em Satl Lake City, Hentsch acabou desclassificado no slalom gigante.
Christian Lothar Munder nasceu no Brasil, mas viveu na Alemanha desde seus cinco meses de idade. Em 1992 (primeiro ano em que o Brasil esteve na Olimpíada de Inverno), o atleta ficou na 41ª posição no slalom supergigante. Dois anos depois, nos Jogos de Lillehammer (na Noruega), Munder foi o único representante brasileiro na competição, quando competiu na modalidade esqui alpino combinado.
Jhonatan Longhi é nascido em Americana (SP) e criado na gelada e belíssima Invorio, cidade de apenas 3,7 mil habitantes na província de Novara, região do Piemonte, norte da Itália. Mesmo sem falar muito bem o português, decidiu competir pelo Brasil. É líder do ranking brasileiro em todas as provas do esqui alpino. Em Vancouver, vai competir no slalom e no slalom gigante.
Quadro de Medalhas
O/P/B/T - (O)Ouro (P) Prata (B) Bronze (T) Total de Medalhas
1 Alemanha 3 4 2 9
2 Coreia do Sul 3 1 0 4
3 Suíça 3 0 1 4
4 Estados Unidos 2 2 4 8
5 Canadá 2 2 1 5
6 França 2 1 4 7
7 Suécia 2 0 0 2
8 China 1 1 1 3
9 Eslováquia 1 1 0 2
10 República Tcheca 1 0 1 2
11 Holanda 1 0 0 1
12 Áustria 0 2 1 3
13 Noruega 0 2 1 3
14 Itália 0 1 2 3
15 Japão 0 1 1 2
16 Austrália 0 1 0 1
17 Estônia 0 1 0 1
18 Polônia 0 1 0 1
19 Croácia 0 0 1 1
20 Rússia 0 0 1 1
Fonte: Portal R7
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