Rogério Ceni não é mais técnico
do Cruzeiro. Após reunião com a diretoria do clube na Toca da Raposa, em Belo
Horizonte, nesta quinta-feira (26), o treinador acertou a saída da equipe,
rompendo o contrato que tinha extensão até o fim de 2020.
O estopim para a saída foi uma
discussão com o elenco no vestiário da Arena Castelão, onde a equipe empatou
com o Ceará em 0 a 0. Na ocasião, o zagueiro Dedé pediu que o técnico escalasse
Thiago Neves, que passou todo o jogo no banco de reservas.
O comandante teria ouvido o
defensor e, em seguida, saído do vestiário. Os atletas então ficaram reunidos
no local por 20 minutos, sem a presença de Ceni. O Diário do Nordeste havia
confirmado que, mesmo com o ambiente conturbado, a expectativa de Ceni era de
manutenção no cargo, sem que houvesse o pedido de demissão.
Pelo Cruzeiro, foram oito
partidas: duas vitórias, dois empates e quatro derrotas. Apresentando uma boa
campanha no Fortaleza - sendo campeão cearense, do Nordestão e da Série B - um
dos motivos para a saída foi a Copa do Brasil, competição em que a Raposa
estava na semifinal. Em campo, no entanto, o resultado foi à eliminação para o
Internacional com 3 a 0 no placar.
Na tabela, o time mineiro está em
16ª, com 19 pontos, mas pode entrar na zona de rebaixamento ao término da 21ª
rodada. Antes de oficializar a saída de Ceni, a diretoria mineira procurou
Dorival para o comando da equipe, mas teve proposta recusada. Somando R$ 85
milhões em dívidas, o clube está com o salário dos funcionários dois meses
atrasado, além de ter a diretoria sendo investigada pela Polícia Federal por
fraude fiscal.
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