Uma boa notícia surpreendeu os
torcedores do Icasa, nesta sexta-feira (31). O advogado George Ferrúcio, em
entrevista ao Programa Esporte Mais, da Cariri FM, anunciou que o clube venceu,
em primeira instância, a ação ajuizada contra a Confederação Brasileira de
Futebol e pode receber 20 milhões de reais de indenização.
A justiça entendeu, segundo o
advogado, que o Icasa teve danos materiais, por não ter jogado a Série A do
Brasileiro de 2014, e havia grande diferença financeira nos valores recebidos
pelos clubes que disputavam a Série A, em comparação com a Série B. E teve
também danos morais; “na teoria da perca de uma chance que o clube não pode
participar porque não lhe foi permitido isso”, disse George Ferrúcio.
Entenda o caso
Em 2013, o Icasa disputou a Série
B do Brasileiro e ficou em quinto lugar, com 59 pontos. Um ponto a menos do que
o Figueirense, quarto colocado. No dia 07 de fevereiro de 2014, a diretoria
icasiana anunciou que havia entrado com
uma ação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para ganhar uma vaga
na Série A do Campeonato Brasileiro. A alegação é de que o volante Luan, do
Figueirense, foi escalado de maneira irregular, no dia 28 de maio de 2013, na
partida contra o América-MG.
No entanto, a CBF afirmou que o
jogador não estava irregular, e o STJD arquivou a denúncia. Posteriormente, o
então gestor do Icasa, Emerson Maranhão, convocou uma coletiva de imprensa, ao
lado do então presidente, Paes de Lira, do diretor executivo, André Turatto, e
dos advogados Cícero Ferrúcio Pontes Júnior e George Ferrúcio. Na ocasião,
Emerson afirmou que o Icasa tinha um documento em que a CBF reconhecia a
irregularidade do jogador Luan, do Figueirense, que tinha também contrato
vigente com o Metropolitano.
Os advogados expuseram vários
documentos e anunciaram que o Verdão do Cariri havia conseguido uma liminar na
4a Vara Cível do Rio de Janeiro, determinando que a CBF incluísse o Icasa na
Série A do Brasileiro de 2014. A liminar foi concedida pela juíza Erica de
Paula Rodrigues da Cunha. Posteriormente, a CBF recorreu e conseguiu derrubar a
liminar. Não satisfeito, o Icasa seguiu lutando na justiça pelo direito de
jogar a Série A do Brasileiro, como não conseguiu, acionou a justiça pedindo
indenização, alegando inúmeros prejuízos.
Cícero Ferrúcio, George Ferrúcio, Paes de
Lira, André Turatto e Emerson Maranhão, em coletiva convocada em 2014. Foto:
Raquel Oliveira
Quatro anos depois, o Icasa tem
nova vitória sobre a CBF, e mesmo achando que o valor da indenização poderia
ser maior, o clube agora aguarda o desfecho dessa ação. O advogado George
Ferrúcio destacou que a Confederação Brasileira de Futebol ainda pode recorrer.
O advogado disse também que o próximo passo do clube vai depender dos atuais
gestores. “Temos que sentar com o atual presidente e o conselho deliberativo
para definir os próximos passos. Apesar de não saber de quando essa briga
jurídica vai, realmente, terminar, o momento é de comemoração”, concluiu.
Atualmente quem está comandando o
Icasa, de forma interina, é o presidente do conselho deliberativo do clube,
Francisco Leite Bezerra, conhecido como França Bezerra. O presidente da
executiva, Juarez Saraiva, e o vice-presidente, Valdinor Bueno, renunciaram aos
cargos na última terça-feira(28)
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