O Uniclinic chega como novidade e com respaldo pela boa campanha a uma final do estadual cearense pela primeira vez depois de 55 anos que não reunia times da Capital que não fossem Fortaleza, Ceará e Ferroviário jogando entre si. Confira a campanha das duas equipes no decorrer do certame.
PRIMEIRA FASE
Na primeira fase do Cearense, em 2016, as duas equipes caminharam praticamente juntas na pontuação. Compondo o grupo A1, a diferença de um ponto entre os 19 do Tricolor do Pici e os 18 da Águia de Precabura ficou na derrota a mais que o time comandado por Maurílio Silva sofreu e no único empate do Leão. Foram oito jogos para cada time e uma campanha quase idêntica nas dez rodadas iniciais.
Apesar da semelhança nos resultados finais, o Fortaleza conseguiu ser mais regular em campo. Entre a segunda rodada, quando estreou na competição, e a quinta, o time do Pici emendou uma sequência de quatro vitórias interrompida apenas por um empate. Em seguida, na 9ª rodada, a equipe foi vencida pelo Uniclinic, única derrota na primeira fase. Já o adversário, foi mais inconstante e alternou entre vitórias, não passando de duas seguidas, e derrotas. No entanto, o Uniclinic venceu as duas últimas e decisivas partidas.
Diferença também entre ataque das equipes. O Leão conseguiu ser mais eficiente na ofensiva e balançou as redes adversárias 19 vezes. Enquanto isso, o Uniclinic marcou 13 gols. Na defesa, um "equilíbrio negativo". O Tricolor sofreu oito gols e a Águia, nove.
SEGUNDA FASE
Na segunda fase, já em grupo único, certa diferença entre as equipes é mais perceptível. O Fortaleza perdeu apenas um jogo enquanto o Uniclinic sofreu três derrotas. Nos empates, dois para o Tricolor e um para o time da Precabura. Em seis jogos, a sequência foi mais positiva para o Leão que se manteve estável. O Uniclinic caiu no rendimento e se distanciou na pontuação. As equipes somaram 11 e 7 pontos, respectivamente.
Essa etapa, o Fortaleza iniciou com duas vitórias em sequência, sendo uma delas em Clássico-Rei, ainda na segunda rodada. Depois ficou no empate com o Guarani de Juazeiro e venceu novamente. Assim, o time garantiu classificação antecipada e liderou o grupo. Já o time da Precabura estreou com derrota, venceu o Guarany de Sobral, ficou no empate com o Ceará e voltou a vencer apenas diante do Guaraju, já na quarta rodada. O time encerrou a fase com duas derrotas, mas avançou em segundo colocado para as semis.
Nos gols, novamente diferença entre os grupos. Com o ataque mais positivo, o Leão marcou sete vezes, enquanto o Uniclinic fez apenas quatro gols. No entanto, a maior disparidade fica nos gols sofridos. A defesa tricolor se segurou e levou apenas três gols enquanto a do adversário, sete.
SEMIFINAIS
Campanhas nas semifinais
Após a segunda fase, finalizada em 30 de março, pausa de duas semanas. Na semifinal, que iniciou em 16 de abril, o Fortaleza encarou o Guarany de Sobral pelo grupo C1. No primeiro jogo, uma vitória sólida por 3 a 1. Na partida de volta, na Arena Castelão, um empate sufocante de 4 a 4, apesar do apoio da torcida. Contra o Guarani de Juazeiro, o Uniclinic venceu a primeira, mas perdeu a segunda. Resultado igual ao do time do Cariri. Mas jogando por resultados iguais, a equipe da Precabura conquistou a vaga inédita na final do Cearense.
Nos gols, o Leão seguiu melhor. Em apenas dois jogos, marcou sete vezes. Já o Uniclinic, apenas duas. No entanto, no quesito gols sofridos, o Uniclinic foi melhor. Equipe levou somente dois gols contra cinco do Fortaleza.
DEFESA X ATAQUE
Sem dúvida, a força ofensiva do Fortaleza fez toda a diferença na campanha da equipe. Ao todo, foram 33 gols marcados. Quase o dobro do rival finalista Uniclinic, que balançou as redes adversárias 19 vezes. No entanto, o calo das equipes fica na defesa. Respectivamente, cada uma levou 16 e 18 gols.
ARTILHARIA
Entre os dez primeiros na artilharia do Cearense, os finalistas têm o maiores marcadores na lista. Uniclinic aparece duas vezes no ranking, como o Ceará, mas tem 12 gols marcados enquanto o Alvinegro tem nove. Diogo, é vice-artilheiro, com sete gols, e Enercino aparece em quarto, com cinco.
Com o ataque mais positivo, o Fortaleza lidera a tabela com Anselmo, nove gols, e tem Daniel (três) e Everton (três), em nono e décimo, respectivamente.
Enercino é o destaque do Uniclinic na competição. E vice-artilheiro, com com cinco gols
PÚBLICO
Fora de campo, os times têm uma disparidade nítida: a torcida. Enquanto o Fortaleza está entre os três maiores jogos com maior público pagante, o Uniclinic aparece na estatística entre os menores, chegando a apenas 13 pagantes no jogo contra o Itapipoca, na 8ª rodada. Fortaleza x Ceará recebeu 24.312 torcedores na Arena Castelão, na segunda fase do campeonato.
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