A Polícia Civil do Rio
de Janeiro fez uma operação nesta terça-feira (8), em Duque de Caxias, para
libertar 13 jogadores de futebol que eram mantidos em cárcere privado por um
estelionatário. O Fluminense abrigará os jovens em Xerém, casa de suas divisões
de base.
Primeiro, os 13
passarão por exames de covid-19, e, depois, serão integrados às divisões de
base para realizar um período de testes, mantendo vivo o sonho de serem
jogadores profissionais. O UOL Esporte confirmou informações da reportagem da
TV Globo.
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No sítio onde foi
preso em flagrante por policiais da 61ª DP, (Xerém), Santos mantinha os 13 jovens,
oriundos
de Alagoas, Paraná, Amazonas e Paraíba, entre 12 e 18 anos, que vieram para o
RJ tentar seguir a carreira de jogador de futebol e estavam sendo mantidos em
cárcere privado por um homem em um sítio em Duque de Caxias, na Região
Metropolitana do Rio de Janeiro trancados e sem nenhuma interação com pessoas
de fora. Nem ele nem o local atendiam às legislações vigentes para um clube de
futebol. No único campo que lá havia, os jogadores eram treinados com a
promessa de que seriam alocados em outros times pelo país. Não havia estrutura
mínima para a moradia e treinamento dos jovens atletas.
BELA ATITUDE
Como tem um centro de
treinamento nas proximidades, o Fluminense decidiu abrigar os treze jovens,
realizar testagem para Covid-19 e possibilitar que eles façam testes em Xerém
em prol do sonho de virar jogador profissional. O clube ofereceu ainda auxílio
psicológico e médico aos meninos, enquanto o contato com as famílias está sendo
feito pelo Conselho Tutelar. Tudo deve ser resolvido até o fim desta semana, e
os jovens devem seguir em Xerém pelo menos até janeiro de 2021.
"Esta atitude do
Fluminense é nobre e de suma importância para garantir os direitos destes
jovens, evitando novos constrangimentos. Aqui no CT da base do Fluminense vão
ter uma estrutura de alto nível e a ajuda para se recuperarem de algo, que nem
eles mesmo sabem a gravidade que estavam vivendo", explicou Sabrina
Torres, conselheira tutelar, do 4º Conselho Tutelar de Duque de Caxias, ao site
oficial do Fluminense.
"Há alguns dias
fomos informados pelas autoridades competentes de que a operação policial iria
acontecer e fomos procurados, pois os meninos ficariam sem um lugar apropriado
para ir, de acordo com o Conselho Tutelar. Coloquei toda a equipe de Xerém à
disposição das autoridades para que a gente pudesse receber essas crianças no
nosso alojamento. Ficamos felizes em poder contribuir com estas crianças e seus
familiares, o Fluminense tem uma responsabilidade social enorme e, com o
belíssimo trabalho que fazemos no nosso CT em Xerém, não poderíamos fazer nada
de diferente a não ser acolher e ajudar estes meninos no que eles
necessitarem", disse o presidente Mario Bittencourt.
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