Lutador brasileiro
venceu o adversário equatoriano após ganhar 2 dos 3 rounds
O ex-campeão José Aldo
retornou com vitória ao octógono no último evento do UFC em 2020, neste sábado,
19, em Las Vegas, nos Estados Unidos. O brasileiro teve boa atuação e derrotou
o equatoriano Marlon Vera na segunda luta mais importante da noite por decisão
unânime dos juízes (triplo 29-28) após vencer dois dos três rounds.
"É muito bom
voltar a vencer. Eu treinei muito duro para isso. Quero que minha próxima luta
seja contra o TJ Dillashaw. Dana White, faça isso acontecer, por favor",
pediu o brasileiro após a vitória, a primeira na divisão dos galos.
"Me sinto muito
bem. Trabalhei muito duro para conquistar essa vitória. Eu precisava dessa
vitória. Me senti muito bem lá dentro. Estou me acostumando ao peso-galo. Estou
mais confiante nesse peso. Sei que tenho um longo caminho pela frente, por isso
vou subir um degrau de cada vez", acrescentou o ex-campeão peso pena.
Aos 34 anos, Aldo
alcançou a 29ª vitória desde que iniciou sua trajetória profissional no MMA, em
2004. Ele vinha de três reveses consecutivos e encerrou a pior sequência de sua
carreira no UFC. Marlon Vera, por sua vez, fechou 2020 com duas derrotas e um
triunfo, conquistado sobre Sean O'Malley.
Os lutadores começaram
se estudando e encaixando alguns golpes. Vera foi para o clinch e travou a
luta, mas Aldo escapou e o duelo voltou a ficar na trocação. O brasileiro foi
ficando mais solto e passou a acertar os seus famosos chutes na perna, enquanto
que o equatoriano tentava contra-atacar, mas foi superado pelo volume do
manauara até o fim do primeiro round.
Aldo continuou usando
os chutes nas pernas no segundo round. Vera começou a se impor e a pressionar o
brasileiro, mas o "Campeão do Povo" foi veloz no contragolpe e
conseguiu acertar o corpo do equatoriano. O duelo voltou a ficar no clinch na
grade, mas sem grande efetividade.
Vera foi para cima com
tudo no começo do terceiro round, mas Aldo conseguiu pegar as costas do
oponente no clinch e levar a luta para o chão. O brasileiro foi trabalhando
para conseguir um mata leão, mas sem sucesso. No entanto, soube controlar a
luta até o fim dos 15 minutos programados, vencendo na decisão unânime dos
juízes.
Brasileiros
Outros três
brasileiros lutaram no último evento do UFC em 2020, todos pelo card principal.
Destaque para Michel Pereira, o "Paraense Voador", que foi mais
contido do que o normal em sua luta contra Khaos Williams, não usou muitos dos
golpes voadores e rodados que havia mostrado em sua apresentação anterior, mas
foi eficiente e obteve sua segunda vitória no Ultimate ao superar o
norte-americano por decisão unânime (triplo 29/28). Ele desafiou Anthony
Pettis, algoz de Alex Morono no card preliminar deste sábado.
"Eu me sinto bem
preparado para enfrentar qualquer um da categoria. Anthony Pettis, eu venci,
você venceu, vamos lutar. Duas ou três semanas. Como eu sempre falo, danço conforme
a música, sou imprevisível, pode ser que lute em cima, em baixo. Tentei dar meu
show, mas precisamos dar os méritos, meu adversário era perigoso".
Já Marlon Moraes foi
superado pelo norte-americano Rob Font, que conquistou sua terceira vitória
consecutiva no UFC, e possivelmente a mais impressionante de sua carreira. O
brasileiro, então terceiro colocado no ranking dos pesos-galo, perdeu por
nocaute técnico no primeiro round.
Taila Santos, por sua
vez, obteve seu segundo triunfo seguido no Ultimate em uma dura batalha de luta
agarrada com a canadense Gillian Robertson, conquistando a decisão unânime dos
jurados após três rounds (30/26, 30/26 e 29/28).
Na luta principal do
evento, que encerrou o calendário do Ultimate em 2020, pelo peso meio-médio, o norte-americano
Stephen Thompson levou a melhor sobre o compatriota Geoff Neal, vencendo por
decisão unânime dos jurados após cinco rounds (triplo 50/45). O
"Wonderboy" controlou o combate durante os cinco rounds diante do
adversário em Las Vegas.
Foto: Steve Marcus/AFP
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