O mérito do Vovô começa logo na
escalação. Principal referência como volante no time, Charles foi diagnosticado
com uma lesão no pé e virou desfalque. Além disso, Tiago Pagnussat e Fernando
Sobral estavam suspensos. Dessa forma, o Ceará entrou em campo com: Richard,
Samuel Xavier, Klaus, Luiz Otávio e Bruno Pacheco; Fabinho, Pedro Naressi e
Vina; Lima, Léo Chú e Cléber.
As mudanças surtiram efeito.
Pedro Naressi e Lima, ocupando as vagas deixadas por titulares, se saíram muito
bem nas respectivas posições e mostraram bom futebol nos 90 minutos de jogo.
Além deles, Klaus voltou a mostrar segurança defensiva e reeditou a boa dupla
de zaga ao lado de Luiz Otávio.
Primeiro tempo primoroso
Se nas últimas partidas, a
atuação na etapa inicial do Ceará era bastante criticada, contra o Vasco, o
Vovô aplicou 2 a 0 e poderia ter feito muito mais. Logo aos 3 minutos, Pedro
Naressi abriu o placar em boa jogada com Vina pelo meio após cochilo do
Cruzmaltino. Mesmo com a vantagem, o Alvinegro manteve o volume de jogo, e por
pouco não ampliou por Cléber em tentativa de encobrir Lucão.
O time não tinha medo de atacar e
encontrava espaços em um vulnerável Vasco. Se o centroavante perdeu a primeira,
na segunda, aos 25 minutos, contou com passe de Léo Chú para ampliar. Cléber
não marcava pelo Ceará desde 31 de outubro, quando balançou as redes no empate
em 2 a 2 com o Botafogo também no Rio de Janeiro.
Após o susto, a goleada
Na volta do segundo tempo, o
Vasco cresceu levemente na partida, e diminuiu com Ribamar aos 17 minutos após
pênalti de Luiz Otávio. As dificuldades para o Vovô, porém, pararam por aí.
Quando o Cruzmaltino tentava o empate, Lima roubou a bola no campo de defesa,
disparou e entregou para Saulo Mineiro, que em chute cruzado, ampliou para o
Alvinegro aos 33 minutos.
O placar totalmente favorável era
reflexo de um Ceará ofensivo e assertivo. O time não dava espaços e mesmo
quando o Vasco tinha a posse, contava com a sorte de um adversário ineficaz. O
mesmo Saulo Mineiro ainda sofreu pênalti, convertido por Vina no fim do jogo
que sacramentou a goleada. Com 4 a 1 no marcador, o Vovô afastou o risco de Z-4
em caso de derrota e ainda chegou a 10ª posição, e agora fica de olho em voos
mais altos na tabela.
A primeira vez no profissional
Vina e Cléber marcaram pelo Ceará
e se isolaram ainda mais no quesito artilharia do time. O meia lidera de forma
isolada a estatística, com 17 gols marcados, e o centroavante balançou as redes
sete vezes. Os goleadores, embora tenham sido protagonistas contra o Vasco,
tiveram a companhia de dois estreantes no quesito gol com a camisa alvinegra.
Ao abrir o placar, Pedro Naressi
marcou apenas o segundo gol dele como profissional. A última vez que o volante
havia balançado as redes foi pelo RB Bragantino na campanha do título da Série
B do Brasileiro de 2019. Ao entrar no segundo tempo, Saulo Mineiro também
deixou a marca e ainda sofreu o pênalti convertido por Vina. Saulo tinha
marcado no Sub-23, mas não ainda no profissional.
Estatísticas de Vasco 1 x 4 Ceará
Posse de bola: 68% x 32%;
Finalizações: 12 x 11;
Finalizações no gol: 4 x 6;
Passes: 487 x 230;
Passes certos: 415 (85%) x 149
(65%);
Desarmes: 9 x 16;
Interceptações: 14 x 5;
Cortes: 13 x 35.
Mais "jogos de seis
pontos"
Na sequência da Série A, o Ceará
tem três adversários com pretensões semelhantes a do Alvinegro na competição:
Bahia, Atlético-GO e Fortaleza. Para o confronto contra o Bahia no sábado (5),
às 19 horas, na Itaipava Arena Fonte Nova, a expectativa é de que o Vovô
mantenha o volume e a ousadia em atacar o Tricolor baiano, em busca de engatar
mais uma vitória no Brasileirão, continuar subindo na tabela.
FICHA TÈCNCA
Vasco 1x4 Ceará
Local: São Januário, no Rio (RJ).
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira
(SP).
Gols: Pedro Naressi, aos três, e
Cleber, aos 25 minutos do primeiro tempo. Ribamar, aos 19, Saulo Mineiro, aos
33, e Vina, aos 44 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Andrey, Fellipe
Bastos e Léo Gil (Vasco); Luiz Otávio (Ceará).
Vasco: Lucão; Miranda, Leandro
Castan e Ricardo (Tiago Reis); Léo Matos (Cayo Tenório), Andrey, Léo Gil
(Benítez), Carlinhos (Juninho) e Neto Borges; Ribamar (Ygor Catatau) e Gustavo
Torres.
Técnico: Alexandre Grasseli
(auxiliar)
Ceará: Richard; Samuel Xavier,
Luiz Otávio, Klaus e Bruno Pacheco (Alyson); Fabinho, Pedro Naressi, Lima
(Leandro Carvalho), Vina (Wescley) e Léo Chu (Kelvyn); Cléber (Saulo Mineiro).
Técnico: Guto Ferreira.
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