O Campeonato Brasileiro Série D
merece uma preparação mais adequada. E a cada rodada, fica claro que o Guarani
de Juazeiro não conseguiu o planejamento que a competição exigia. O empate
deste domingo com o Parnahyba, por 2 a 2, no Romeirão, mostrou um time com
improvisações e opções escassas que não combinam com a terceira rodada de um
torneio tão curto.
Como conceber que o Leão do
Mercado comece um jogo tão importante com um volante na lateral direita, um
zagueiro jogando machucado por falta de substituto e um atacante cumprindo
funções de marcação no meio-campo. Edgar Silva até mostrou qualidade na ala,
mas saiu contundido. Henrique quase marcou gol, mesmo com o joelho imobilizado.
E Danilo Lins tentou ajudar até onde pôde. Eram as opções que o recém chegado
técnico Jorge Luís tinha para armar uma equipe com necessidade de vitória.
Com essa formação, o primeiro
tempo do Guarani foi pobre de criatividade e confuso na marcação. Nos
acréscimos, Capela abriu o placar cobrando pênalti. Até que o garoto Juninho,
paulista de 18 anos, entrou no intervalo. O meia foi a parte boa do jogo deste
domingo. Armou, mostrou personalidade e contagiou o time. Kelvis empatou e o
próprio Juninho desempatou. O ex-rubronegro Augusto tratou de deixar tudo igual
de novo. E Juninho ainda acertou a trave.
Foram dois pontos perdidos para o
planejamento. O Guarani perdeu peças como Diego, Everton e Adenílson e não
substituiu à altura. Fora a molecada da base, o elenco não tem um lateral
direito, só tem os dois zagueiros titulares (como já aconteceu no estadual) e
continua sem jogadores de criatividade no meio-campo. Agora, a missão ficou
árdua. Somar nove pontos com dois jogos fora de casa é bem difícil. E o Leão,
apenas paga o preço por improvisar demais.
Fonte: Fabiano Rodrigues
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