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Copa do Mundo Feminina Sub-20 da FIFA - Japão empata com Nova Zelândia


 Nova Zelândia aguenta empate contra japonesas
Depois de ter começado bem, com vitória sobre a Suíça, a Nova Zelândia deu mais uma mostra de força ao encarar de igual para igual as anfitriãs japonesas nesta quarta-feira 22, em Miyagi pela Copa do Mundo Feminina Sub-20 da FIFA, e sair de campo com um empate em 2 a 2 que deixa as duas equipes juntas na liderança do Grupo A com quatro pontos. O México tem três pontos graças à sua vitória na rodada, o que tratou de eliminar a Suíça, sem nenhum ponto.



Desde o começo, ficou claro que as Nadeshiko não teriam vida fácil: aos 11 minutos, Hannah Wilkinson bateu forte para a área, e Ayu Nakada desviou contra seu próprio gol para abrir o placar em favor das neozelandesas.


Apenas quatro minutos depois, a atacante Rosie White dominou no peito um cruzamento vindo da direita e, com calma, tocou de esquerda para dobrar a vantagem. As japonesas sabiam que estavam com problemas. O grande diferencial veio pelo fato de que, antes do intervalo, o Japão chegou ao empate: Yoko Tanaka roubou a bola na entrada da área e bateu firme aos 37 para diminuir. Foi a vez, então, de entrar em cena outro destaque da Nova Zelândia: a goleira Erin Nayeller. 

A neozelandesa foi a grande responsável por manter as japonesas atrás do placar durante 26 minutos mais na segunda etapa. Até o ponto em que não foi mais possível: Ayaka Michigami cabeceou um escanteio vindo da direita para empatar o jogo.


Crianças de Fukushima curtem aventura em Miyagi
Entre o público que assistiu ao empate entre Japão e Nova Zelândia, estavam alguns visitantes especiais, vindos da província de Fukushima, afetada desde o ano passado pelos efeitos do grande terremoto que atingiu a área. Cerca de 70 crianças e seus pais, vindos das cidades de Soma e Fukushima, foram convidados pela FIFA e pelo Comitê Organizador Local para ver a partida em Miyagi, cidade da província vizinha que também foi seriamente afetada pelo terremoto e o tsunami.

Algumas áreas costeiras foram inundadas pelas grandes ondas de 11 de março de 2011, enquanto o acidente nuclear da usina local, causado pelo desastre, espalhou radiação por toda a cidade de Fukushima e outras áreas da província. Ainda hoje, algumas zonas do município restringem as atividades ao ar livre para crianças pré-escolares ou do Ensino Fundamental, devido aos efeitos da radioatividade.

Assim, a chance de ver a seleção japonesa enfrentar as neozelandesas foi um descanso bem-vindo para os visitantes de Fukushima. "Estou muito grata ao comitê organizador por nos convidar", disse Yonefumi Sato, que vive em Soma com sua filha de 12 anos, Madoka, ao FIFA.com. "O apoio da comunidade do futebol foi incrível. Acho que até fez aumentar nossa paixão por este esporte", afirmou Sato. "Espero que assistir a este jogo inspire minha filha de alguma maneira. Nesse sentido, este torneio ajudaria muito para nos recuperarmos."

Sato estava particularmente ansiosa por assistir à partida com Madoka, que joga pelo time de sua escola. Uma de suas colegas de equipe, Makoto Arakawa, estava com elas. "Espero que o Japãojogue bem e como equipe, e ganhe", disse a menina antes do encontro. "Quero que elas marquem gols."

As duas garotas disseram que houve alguns momentos difíceis desde a tragédia de 2011, mas ver a recuperação japonesa no jogo, depois de sair perdendo por 2 a 0 logo no início, fez seus sonhos crescerem. Enquanto isso, Takayuki Onodera, um estudante do segundo ano do Ensino Médio japonês, de Fukushima, não conseguia esconder sua empolgação com a oportunidade de ver o selecionado de seu país. "Eu vi a seleção vencer o México na estreia. Foi legal", disse. "Queria aprender a passar a bola rápido, que nem elas."

Quando perguntado quanto a sua jogadora favorita, Onodera apontou a meia Yoko Tanaka – e não só por causa de suas habilidades futebolísticas. "Ela é uma grande jogadora e também é bonita", disse o garoto, com um sorriso, antes de resumir sua aventura em Miyagi. "Nunca tinha sido convidado para um evento como este. Por isso, hoje é um dia especial e feliz", disse depois do jogo.

Tanaka certamente adorou contar com a presença desses visitantes de Fukushima nas arquibancadas, já que tem uma forte ligação com a cidade. Ela frequentava a Academia da Federação Japonesa de Futebol, criada no município. Essa instituição educacional de ponta abriu em 2006, mas teve que ser transferida para a província de Shizuoka, ao sul de Tóquio, depois do desastre natural de 2011.

Quanto ficou sabendo da torcida especial no estádio, Tanaka – que pôs o Japão de volta na partida contra as neozelandesas com seu gol no fim do primeiro tempo, diminuindo o placar para 2 a 1 – imediatamente deixou uma mensagem de agradecimento.

"Sou tão grata por tudo que as pessoas de Fukushima fizeram por mim", disse a jovem depois do jogo. "Tenho tantas lembranças do tempo que passei lá. Estou muito feliz de que marquei um gol para uma torcida de crianças de Fukushima. Isso talvez tenha sido uma maneira de retribuir por tudo que o povo de lá me deu. Estou feliz de que eles tenham estado aqui hoje."

Fonte: FIFA

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