"Vivo com isso tranquilamente e procuro me sobressair da melhor forma, dentro e fora de campo. Talvez vocês percebam que me procuram tanto que procuro compartilhar isso com as minhas companheiras, para não ter isso só para mim, e sim para o grupo todo", argumentou Marta, que na abertura do Mundial mostrou um comportamento tenso durante a partida e chegou a reclamar durante algumas jogadas que ocorreram fora do esperado.
"Aquilo não é nervosismo. Não fico nervosa para jogar, e só antes para que comece logo. Essa é a minha forma de reagir sempre, seja com um passe errado, com uma bola que recebo e poderia ser melhor. O primeiro jogo foi muito difícil, era uma estréia e todos queriam vencer. Para o próximo, acredito, teremos mais calma para não errar tantos passes e assim criar mais oportunidades", idealizou.
Se essa a situação extra campo, no gramado Marta não vê grandes diferenças: acredita que, de tão marcada que possa ser, e foi contra a Austrália, as demais podem levar vantagem quando ela própria não conseguir resolver. Justamente o que ocorreu no único gol do Brasil, marcado em lance criado por Cristiane e convertido por Rosana. "Em campo é a mesma coisa. Acontecem situações com uma, duas ou três me marcando. Não consigo fazer sempre as jogadas que costumo. Ali no nosso gol foi a criatividade nossa, da Cristiane, e a precisão da Rosana. Quando as outras estão achando que a bola vai até você, de repente são pegas de surpresa".
Apesar de aparentar nervosismo no primeiro jogo, a camisa 10 do Brasil lembrou que a situação de ser perseguida não é nova e mostrou tranquilidade. "Será sempre assim. Convivo há muito tempo, desde que comecei a ter destaque há essa marcação. O importante para a nossa equipe é que as outras tenham mais espaço e o time consiga finalizar mais". O Brasil, que treinou em regime fechado nesta sexta-feira, em Wolfsburg, joga novamente no domingo, contra a Noruega, na Volkswagen Arena, às 13h15 (de Brasília).
A lateral direita Fabiana foi desfalque no treino realizado nesta sexta-feira pela Seleção Brasileira, no VFL Stadium, em Wolfsburg. Com dores no joelho esquerdo, a atleta apenas acompanhou a atividade na beira do gramado e sequer correu. Segundo a assessoria de imprensa da CBF, a jogadora levou uma pancada no local ao longo da estreia pela Copa do Mundo de Futebol Feminino, contra a Austrália, e está sendo preservada para o próximo compromisso, contra a Noruega, que ocorre no próximo domingo, na Volkswagen Arena.
Fabiana realizou tratamento com gelo e a tendência é que retorne para o treino deste sábado, véspera do compromisso da Seleção. Uma hipotética saída da jogadora provavelmente faria com que Kleiton Lima precisasse alterar toda a estrutura da Seleção, retirando Rosana do meio-campo para a ala esquerda, e com Maurine então partindo para a direita.
Assim como havia ocorrido na antevéspera do jogo contra a Austrália, a atividade comandada pelo treinador Kleiton Lima foi praticamente toda fechada ao público. Apenas foi possível acompanhar uma longa conversa de aproximadamente 30 minutos, entre o treinador e o elenco, além de exercícios físicos e treino de penalidades máximas já na última parte do treino.
"Foi falado o que fizemos contra a Austrália, o que deve melhorar e o que vamos encarar contra a Noruega. Quase uma preleção, já. Pegamos coisas do jogo anterior, que não devem acontecer novamente. São duas equipes similares, com o jogo parecido e foi mais ou menos essa a nossa conversa. Mesmo ganhando, precisamos ouvir o que fizemos de errado e de certo para evoluir", resumiu Marta, que já atuou na Suécia, país vizinho das norueguesas.
"Será um jogo bem difícil, como foi o primeiro. Sabemos disso. A Noruega tem uma equipe muito forte, marcação dura e, como ganharam o primeiro jogo, vão querer decidir a classificação para a próxima fase. E a gente a mesma coisa. Acredito que será disputado, muito difícil e decidido só nos detalhes", analisou.
Foto: AP
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