LIBERTADORES DA AMÉRICA
Após empolgar a sua torcida com o
título do Campeonato Paulista conquistado em cima do Palmeiras e iniciar bem o
Campeonato Brasileiro e a Copa Libertadores da América, o Corinthians já não
vive tempos de euforia. Na noite desta quarta-feira, três dias após ser
derrotado pelo Atlético-MG, o time de Fábio Carille perdeu pela primeira vez
também no torneio continental – 2 a 1 para o Independiente, da Argentina, em
Itaquera.
O resultado foi consequência de
um péssimo princípio de jogo do Corinthians, dominado pelo Independiente. O
time visitante anotou o seu primeiro gol em menos de dois minutos, com Benítez.
Romero, contra, ampliou. Jadson chegou a descontar ainda na etapa inicial,
porém os donos da casa não produziram o bastante para ir além. No segundo tempo,
o veterano Emerson Sheik ainda foi expulso por uma infantilidade.
Seja como for, o Corinthians
continua em boa situação no grupo 7 da Libertadores. É o líder, com 7 pontos
ganhos, contra 6 de Independiente e Deportivo Lara, da Venezuela. O Millonarios,
da Colômbia, totaliza 4.
Na quinta-feira de 17 de maio,
todos os times da chave estarão em ação novamente. O Corinthians visitará o
Deportivo Lara, enquanto o Independiente enfrentará o Millonarios, também fora
de casa. Pelo Campeonato Brasileiro, haverá jogo contra o Ceará já na manhã de
domingo, em Itaquera.
O jogo – Mantuan era a grande
preocupação de boa parte dos torcedores do Corinthians nos dias que antecederam
a partida contra o Independiente. Quando a bola rolou, contudo, os problemas
defensivos dos donos da casa foram inicialmente expostos não do lado direito,
onde estava o substituto do lesionado Fagner, mas do esquerdo.
Foi por ali que o Independiente
chegou ao ataque pela primeira vez. E marcou o seu primeiro gol. Com dois
minutos de jogo, Romero – o do time argentino, e não o atacante paraguaio do
Corinthians – tabelou com Meza e bateu cruzado. Cássio fez grande defesa, mas a
bola sobrou para Benítez abrir o placar.
A torcida do Corinthians reagiu
de imediato, encobrindo com cantoria a manifestação efusiva do público
visitante. O time, no entanto, não respondeu da mesma maneira. Com problemas
físicos, os comandados de Fábio Carille abusavam dos erros de passe e aceitavam
facilmente a pressão que o Independiente fazia na saída de bola.
Aos seis minutos, a equipe
argentina contou com nova colaboração do Corinthians para quase anotar o seu
segundo gol. Balbuena, falhando tanto quanto os seus companheiros mais
criticados, esticou o pé dentro da área para desviar a bola e assustou Cássio e
a maioria do público de Itaquera. Acertou o travessão.
Aos 25 minutos, o outro paraguaio
do Corinthians não teve a mesma sorte. O Independiente cobrou um escanteio da
direita, bem próximo de onde estava a sua ainda calada torcida, e Romero –
agora, sim, o corintiano – colocou a cabeça na bola no meio do caminho. Gol
contra em Itaquera.
Com 2 a 0 no marcador, o
Independiente, que parecia atuar em casa, diminuiu naturalmente o ritmo. Foi o
suficiente para o Corinthians começar a se acertar, aparecendo no ataque vez ou
outra, ainda que Carille não agisse. O técnico do Corinthians assistia ao jogo
de pé, ao contrário dos seus reservas, escondidos no banco.
Aos 32 minutos, todos se
levantaram para finalmente comemorar uma ação ofensiva do Corinthians na
partida. Balbuena fez grande lançamento para o compatriota Romero, que girou
bem e esperou o tempo certo para tocar para Jadson. Livre na área, o veterano
armador teve tranquilidade para concluir cruzado, para a rede.
Pouco depois, a bola entrou no
outro gol de Itaquera. Para alívio do Corinthians, o lance foi invalidado pelo
árbitro peruano Víctor Carrillo, que viu falta de Figal sobre Rodriguinho, no
meio da área, depois de uma bola parada vinda da direita. Na segunda trave,
Cássio havia sido vazado mais uma vez.
Ao término do primeiro tempo,
quem decidiu reclamar foi Fábio Carille. Revoltado porque queria mais de dois
minutos de acréscimo, o técnico se dirigiu à arbitragem e foi repreendido por
Domingo. Discutiu rapidamente com o jogador adversário, foi para o vestiário e
voltou de lá com Marquinhos Gabriel no lugar de Mateus Vital.
A alteração não contentou muitos
torcedores, que queriam a entrada do xodó Pedrinho. Ainda assim, o Corinthians
melhorou um pouco – não tanto por méritos próprios, mas principalmente porque o
Independiente não tinha motivos nem forças para pressionar como havia feito na
etapa inicial.
A evolução corintiana não
resultou em chances de gol, o que fez Carille entrar em ação novamente aos 17
minutos. Desta vez, para vibração do público na Zona Leste paulistana, o
escolhido para entrar foi Pedrinho. O prata da casa ocupou a vaga de Sidcley,
empurrando Maycon do meio-campo para a lateral esquerda.
O Corinthians ficou muito mais
criativo a partir da entrada de Pedrinho. Aos 29 minutos, por exemplo, o garoto
avançou na ponta direita, deixou o seu marcador no chão e rolou para trás
quando se aproximou da linha de fundo. Jadson finalizou cruzado, e a defesa do
Independiente desviou para escanteio.
Como o jogo já se aproximava do
fim, Carille gastou a sua última ficha. Emerson Sheik substituiu o cansado
Jadson, enquanto o Independiente se protegeu com Gaibor no posto de Rodríguez.
O experiente atacante do Corinthians virou baixa em pouco tempo. Antes de nem
sequer tocar na bola, ele chutou o caído Domingo e levou o cartão vermelho.
Sem Sheik, o Corinthians resumiu
as suas últimas tentativas de empatar o jogo à força de vontade de Pedrinho na
direita e de Romero na esquerda. Era pouco para, com um atleta a menos,
envolver o bem postado time argentino, maior campeão da história da
Libertadores, com sete conquistas.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 1 X 2 INDEPENDIENTE
Local: Arena Corinthians, em São
Paulo (SP)
Data: 2 de maio de 2018,
quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Víctor Carrillo (Peru)
Assistentes: Jonny Bossio e
Victor Raez (ambos do Peru)
Público: 34.287 pagantes
Renda: R$ 2.415.956,35
Cartões amarelos: Sánchez Miño,
Amorebieta, Meza, Romero e Figal (Independiente)
Cartão vermelho: Emerson Sheik
(Corinthians)
Gols:
CORINTHIANS: Jadson, aos 32
minutos do primeiro tempo
INDEPENDIENTE: Benítez, aos 2, e
Romero, contra, aos 25 minutos do primeiro tempo
CORINTHIANS: Cássio; Mantuan,
Balbuena, Henrique e Sidcley (Pedrinho); Gabriel, Maycon, Romero, Jadson
(Emerson Sheik), Rodriguinho e Mateus Vital (Marquinhos Gabriel)
Técnico: Fábio Carille
INDEPENDIENTE: Campaña; Figal,
Franco e Amorebieta; Bustos, Domingo, Rodríguez Berrini (Gaibor) e Sánchez
Miño; Benítez (Silva); Meza e Silvio Romero (Gigliotti)
Técnico: Ariel Holan
O Vasco tinha obrigação de vencer, mas não chegou nem perto
disso e saiu de São Januário com uma goleada por 4 a 0 para o Cruzeiro. O
resultado já elimina o time carioca da Copa Libertadores faltando ainda uma
rodada para fechar o grupo 5. Os gols da partida foram marcados por Léo, Thiago
Neves e Sassá, duas vezes. O jogo ainda ficou marcado por brigas entre
torcedores do Vasco que causaram a paralisação da partida ainda no primeiro
tempo.
Com o resultado, o Cruzeiro vai aos oito pontos e encaminha
sua vaga para as oitavas de final, pulando momentaneamente para a primeira
colocação do grupo. Com apenas dois, o Vasco se complica bastante e passa a depender
de outros resultados para poder sonhar com um terceiro lugar que valeria uma
vaga na Sul-Americana. Racing, com 8, e Universidad de Chile com 5, completam a
chave. Os argentinos e os chilenos ainda se enfrentarão nesta quinta-feira.
Na próxima rodada, o Vasco vai visitar a Universidad do
Chile, em Santiago; o Cruzeiro vai receber o Racing, no Mineirão.
O jogo – Empurrado por uma torcida entusiasmada, o Vasco
partiu para cima do Cruzeiro e logo no primeiro minuto, Thiago Galhardo exigiu
boa defesa de Fábio com um chute forte. O Cruzeiro tentava esfriar o jogo, mas
o time da casa seguia pressionando em busca do primeiro gol. Aos quatro
minutos, novamente Thiago Galhardo chutou, a bola desviou na zaga, mas Fábio
fez outra defesa segura. Aos oito minutos, após falha de Wellington na
intermediária, Rafinha cruzou fechado e Martín Silva saiu de soco para aliviar
o perigo.
Um minuto depois, o Cruzeiro marcou o primeiro gol. Após
levantamento de Egídio, o zagueiro Léo se aproveitou da hesitação dos zagueiros
para empurrar a bola para as redes. Os jogadores cruz-maltinos reclamaram muito
da posição impedimento do zagueiro mineiro que estava adiantado, mas a
arbitragem confirmou o gol.
Sem outra alternativa, o Vasco partiu para buscar o empate e
quase alcançou o objetivo aos 16 minutos. Após cruzamento na área, Fábio saiu
mal, Werlei cabeceou fraco e Dedé salvou em cima da linha. Para manter a
vantagem, o Cruzeiro tocava a bola com tranquilidade e mantinha apenas Sassá
isolado entre os zagueiros.
Aos 24 minutos, o Cruzeiro ampliou. Egídio arrancou pela
esquerda, invadiu a área e cruzou para Thiago Neves bater de primeira e colocar
no canto direito de Martín Silva. A torcida carioca desanimou, mas a equipe
ainda tentou buscar forças para tentar reverter o resultado. E aos 26 minutos,
o meia Evander sentiu um problema muscular e foi substituído por Riascos.
Vaiado pela torcida, Evander foi consolado por todos os companheiros no banco
de reservas.
Aos 32 minutos, o Cruzeiro marcou o terceiro gol. Sassá
recebeu na entrada da área e arriscou o chute. A bola raspou na cabeça de
Paulão e encobriu Martín Silva que estava adiantado. Depois do terceiro gol, os
torcedores cruz-maltinos passaram a xingar o time e o presidente Alexandre
Campelo. Alguns torcedores se desentenderam e a policia militar utilizou gás de
pimenta para tentar controlar a situação. O árbitro Anderson Daronco
interrompeu a partida durante sete minutos até que a situação fosse
normalizada.
Quando o jogo foi reiniciado, a partida perdeu muito da
intensidade que marcou seu início. O Vasco tentava se aproximar da área cruzeirense,
enquanto a equipe visitante apenas tocava a bola para gastar o tempo. Aos 50
minutos, Rildo arrancou pela esquerda, ultrapassou Lucas Romero e cruzou na
pequena área, mas Fábio saiu bem e ficou com a bola. Dois minutos depois,
Riascos chegou a passar pelo goleiro Fábio, mas perdeu o ângulo e tentou recuar
para um companheiro, mas a zaga afastou.
O segundo tempo começou com o Vasco no ataque e, aos dois
minutos, Andrés Rios fez boa jogada e bateu rasteiro, mas Fábio fez grande
defesa, evitando o primeiro gol da equipe carioca. Dois minutos, Henrique bateu
falta e Fábio fez outra boa defesa, espalmando para escanteio. Aos cinco
minutos, Riascos investiu pela direita e cruzou fechado. A bola bateu na trave
direita e quase surpreendeu o goleiro Fábio.
Aos nove minutos, no primeiro ataque do segundo tempo, Sassá
ganhou na dividida com Werley e bateu rasteiro para marcar o quarto gol. Os
jogadores do Vasco voltaram a reclamar muito da arbitragem por não ter marcado
falta do atacante.
Com grande desvantagem, o Vasco seguiu tentando diminuir o
prejuízo e o meia Thiago Galhardo era o melhor jogador do time, mas não
encontrava apoio dos seus companheiros que mostravam muito nervosismo.
Aos 26 minutos, Andrés Rios foi derrubado na entrada da
área. O argentino bateu no canto direito e Fábio desviou para escanteio. Na
cobrança, a bola sobrou para o mesmo Rios que isolou a bola.
Aos 32 minutos, Thiago Galhardo evitou que o Vasco sofresse
o quinto gol, ao desarmar Rafinha que estava livre na grande área.
Três minutos depois, foi à vez de Léo evitar o gol,
desviando a conclusão de Rios. O técnico Zé Ricardo decidiu promover a entrada
do atacante Kelvin que não jogava há 11 meses por causa de uma grave lesão. Ele
entrou na vaga de Thiago Galhardo que saiu muito aplaudido pela torcida.
Nos minutos finais, o time mineiro apenas procurou gastar o
tempo, enquanto o Vasco tentava a marcação de, pelo menos, um gol, mas não
obteve sucesso. Aos 42 minutos, lançado por Kelvin, Riascos bateu para nova
defesa de Fábio, no último lance importante do jogo.
FICHA TÉCNICA
VASCO 0 X 4 CRUZEIRO
Local: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ).
Data: 2 de maio de 2018, quarta-feira.
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Assistentes: Danilo Manis e Bruno Pires (ambos do RS)
Cartão Amarelo: Henrique(Cruz); Henrique(Vas).
Gols:
CRUZEIRO: Léo, aos nove minutos e Thiago Neves, aos 24 e
Sassá, aos 32 minutos do primeiro tempo e nove minutos do segundo tempo.
VASCO: Martín Silva, Yago Pikachu, Paulão, Werley e
Henrique; Bruno Silva, Wellington, Thiago Galhardo(Kelvin) e Evander(Riascos);
Rildo(Paulo Vítor) e Andrés Rios.
Técnico: Zé Ricardo
CRUZEIRO: Fábio, Lucas Romero, Dedé, Léo e Egídio;
Henrique(Bruno Silva), Lucas Silva, Thiago Neves(Mancuello), Rafinha e
Arrascaeta; Sassá(Raniel).
Técnico: Mano Menezes
COPA DO BRASIL
O Flamengo largou na frente da Ponte Preta nas oitavas de
final da Copa do Brasil e venceu por 1 a 0, em pleno Moisés Lucarelli, em
Campinas, pelo jogo de ida, com gol de Henrique Dourado.
Com o resultado, o time carioca joga pelo empate na partida
de volta, na quinta-feira da semana que vem no Maracanã, no Rio de Janeiro.
Como não há mais regra do gol qualificado na Copa do Brasil, o time paulista
precisa de uma vitória por dois ou mais gols de diferença. Uma vitória com
vantagem mínima leva a decisão para os pênaltis.
MENGÃO SAI NA FRENTE
O Flamengo foi melhor no primeiro tempo e teve mais posse de
bola, mas com poucas finalizações. A Ponte jogava no contra-ataque, mas também
tinha dificuldade para penetrar na defesa adversária.
O problema do Flamengo se resolveu com uma boa bola de Everton
Ribeiro, aos 32 minutos. Ele encontrou Lucas Paquetá livre na linha de fundo e
o garoto cruzou rasteiro para Henrique Dourado completar para o gol e abrir o
placar.
MACACA NÃO CONSEGUE EMPATAR
Na segunda etapa, a Ponte Preta foi obrigada a sair um pouco
mais para o ataque, mas seguia com problemas para criar lances de perigo contra
o gol de Diego Alves. Mais recuado e satisfeito com o resultado, o Flamengo
passou a administrar a posse de bola, tocando na defesa e com pouca
objetividade.
Aos 33 minutos, na melhor chance da Ponte Preta, Felippe
Cardoso desperdiçou duas oportunidades para empatar. Em falha do zagueiro
flamenguista Léo Duarte, a bola sobrou dentro da área para o centroavante da
Ponte, mas ele bateu alto e ela explodiu no travessão. No rebote, Diego Alves
evitou o gol com grande defesa e garantiu a vitória por 1 a 0.
FICHA TÉCNICA
Ponte Preta-SP 0 x 1 Flamengo-RJ
Oitavas de Final
1ª rodada
Data: 02/05/2018
Horário: 19h30
Local: Moisés Lucarelli - Campinas (SP)
Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima (RS)
Assistentes
Leirson Martins (RS) e Lucio Beiersdorf (RS)
Renda
R$ 95.805.
Público
9.060 pagantes (9.789 total).
Gols
Flamengo-RJ: Henrique Dourado 32' 1T
Ponte Preta-SP
Ivan; Igor Vinícius, Renan Fonseca, Reynaldo e Marciel; André
Castro, Lucas Mineiro, Felipe Saraiva (Aaron), Tiago Real (Paulinho) e Orinho
(Júnior Santos); Felippe Cardoso.
Técnico: Doriva
Flamengo-RJ
Diego Alves; Rodinei, Réver, Léo Duarte e Renê; Cuéllar,
Éverton Ribeiro (Pará) e Lucas Paquetá; Geuvânio (Jean Lucas), Henrique Dourado
e Vinicius Junior (Marlos).
Técnico: Maurício Barbieri
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