Outra vez, o Ceará jogou mal e
saiu derrotado pelo Bahia por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, 29, perdendo
a invencibilidade no estádio Presidente Vargas, no desempenho pós-Copa do
Mundo. Atuando no contra-ataque durante os 90 minutos da partida, os baianos se
aproveitaram de erros defensivos do Vovô e balançaram as redes com o zagueiro
Lucas Fonseca, no 1º tempo, e Gilberto, no 2º tempo.
Antes mesmo do apito final,
torcedores já deixavam o estádio Presidente Vargas. Nas arquibancadas,
protestos contra o time e a diretoria foram entoados. Com a derrota, o Ceará
soma cinco jogos sem vencer e se mantém na vice-lanterna com 17 pontos, cinco
de diferença para o primeiro clube fora da zona, o Vitória.
Depois do Mundial, o Alvinegro
iniciou uma reação colocando seus jogos dentro de casa no PV, na tentativa de
repetir o feito de 2015, quando o Lisca era o treinador e o time escapou do
rebaixamento da Série B para a C atuando no estádio. No pós-Copa, foram duas
vitórias, dois empates e agora a derrota para o tricolor baiano.
O revés também marcou a primeira
derrota no PV de Lisca como técnico do Ceará. Até então, o técnico tinha
comandado o clube em 17 jogos, juntando a passagem de 2015 e a atual, sendo 14
vitórias e três empates.
Diante do Bahia, o ataque do
Ceará mais uma vez fez uma atuação abaixo da média e pouco inspiradora. Nem a
estreia de Ricardo Bueno mudou o panorama negativo. Quando teve a chance de
marcar, os atacantes não tiveram a pontaria calibrada para balançar as redes.
No 1º tempo, o Ceará teve um
péssimo início de partida. Criando pouco, o Vovô deu a sua primeira finalização
na direção do goleiro Douglas aos 25 minutos, com Felipe Azevedo. O Bahia, com
proposta de contra-ataque, também não começou bem e ofereceu pouco nas
ofensivas. Entretanto, o tricolor baiano chegou ao gol após cobrança de
escanteio. O zagueiro Lucas Fonseca conseguiu fazer aquilo que o ataque do
Alvinegro tem pecado na Série A: teve pontaria para balançar as redes, aos 27
minutos.
O defensor do Bahia recebeu livre
para finalizar, nas costas do volante Richardson, após desvio de cabeça no
cruzamento de escanteio. Depois do gol, o Vovô reagiu e pressionou o tricolor
nos 15 minutos finais, buscando o empate em finalizações de Samuel Xavier,
Juninho Quixadá e Ricardinho.
Na 2ª etapa, o Ceará voltou com
Pedro Ken no lugar de Fabinho. A substituição não surtiu efeito. Recuado, o
Bahia bloqueava as principais investidas dos donos da casa. Quando o Alvinegro
criava uma boa jogada com finalização, parava no goleiro Douglas ou chutava pra
fora.
Lisca ainda deixou o time mais
ofensivo na busca do empate, promovendo a entrada de Romário na vaga de
Ricardinho. Mais uma vez a mudança pouco acrescentou na partida. Por último,
uma alteração no mínimo diferente, principalmente, com a equipe precisando
marcar um gol: saiu o centroavante Ricardo Bueno e entrou o lateral-direito
Arnaldo.
Do lado do Bahia, o treinador
Enderson Moreira renovou o ataque para os contragolpes, colocando Élber e
Edigar Junio na partida. E deu resultado. Élber desarmou João Lucas e serviu
Gilberto, que arrancou e ampliou o placar, aos 42 minutos da etapa final, dando
números finais ao duelo.
Ficha técnica
Ceará 0 x 2 Bahia
15ª rodada da Série A
Local: Estádio Presidente Vargas,
em Fortaleza-CE
Data: 29/08/2018
Horário: 19h30min
Árbitro: Dyorgines Jose Padovani
de Andrade
Assistentes: Fabiano da Silva
Ramires e Vanderson Zanotti
Cartões amarelos: Romário, Pedro
Ken e Richardson (CEA); Gilberto, Marco Antônio, Nilton e Léo Pelé (BAH)
Ceará
Everson; Samuel Xavier,
Tiago Alves, Luiz Otávio e João Lucas; Fabinho (Pedro Ken) e Richardson;
Ricardinho (Romário) e Juninho Quixadá; Felipe Azevedo e Ricardo Bueno
(Arnaldo)
Bahia
Douglas; Bruno, Lucas
Fonseca, Everson e Léo; Flávio, Nilton e Gregore; Marco Antônio (Élber), Zé
Rafael (Edigar Junio) e Gilberto (Brumado)