Começa neste domingo 01, , com duas partidas: América x Uniclinic e Ferroviário x Tiradente a 23ª edição do Campeonato Cearense Série B. Dez clubes entram na briga por duas vagas para a elite do futebol cearense, a competição será disputada com grupo único, em jogos de ida e volta. Líder e vice-líder ao final dos 18 jogos fazem a grande final do campeonato e ambos conquistam vaga na Série A de 2016.
Cada equipe tem particularidades diferentes para a disputa do certame, com históricos favoráveis ou não, além de tradição, títulos e motivações. Fizemos um panorama do que cada clube busca e pode apresentar durante a competição. Abaixo, saiba um pouco sobre como cada equipe chega à competição.
AMÉRICA
Em busca de vôos mais altos
O América é um dos três campeões cearenses que estão disputando a Série B do Cearense. A equipe possui dois títulos (1935 e 1966), além de ter sido vice-campeã por quatro vezes e ter terminado o Campeonato Cearense na 3ª posição outras cinco vezes.
O “Mequinha” quase voltou à elite do futebol cearense no ano passado, quando largou bem na Série B, terminando a Primeira Fase na 2ª posição do grupo, atrás apenas do Maranguape. Na Fase decisiva, entretanto, a campanha desandou. O América terminou em 5º, empatado em pontos com o último colocado, vencendo apenas um jogo dos 10 disputados.
A disputa da Série B em 2014 foi consequência do título da Série C em 2013. No ano de 2012, o América já havia batido na trave, quando acabou a Série C do Estadual na 3ª posição.
BARBALHA
Sem tropeços desta vez
O Barbalha disputará a Série B do Cearense pela 2ª vez consecutiva, após quase conseguir dois acessos seguidos, da C para B e da B para a A, mas a Raposa Caririense não quer deixar de ascender dessa vez. Em 2014, o Barbalha acaboua Série B na 3ª posição.
Após uma 1ª fase quase perfeita, na qual terminou invicto, somando seis vitórias e dois empates nos oito jogos, o Barbalha tropeçou nos momentos mais importantes do certame e acabou ficando a um ponto do acesso. São Benedito, com 20 pontos, e Maranguape, com 19 pontos, subiram, o Barbalha terminou a 2ª fase com 18 pontos.
Nas divisões inferiores, o tricolor do Cariri tem certa tradição e busca agora se firmar na segunda e, quem sabe, na primeira divisão do futebol cearense. O Barbalha já foi campeão da Série C em 2007 e soma dois vice-campeonatos da mesma divisão (2011 e 2013).
CRATEÚS
Guerreiro não desiste
O Crateús vai para a terceira disputa da Série B consecutiva. No ano de 2012, a equipe disputou a elite do futebol cearense e foi rebaixada para a Série B. Desde então, não conseguiu o acesso novamente.
A disputa da elite só foi viável devido ao vice-campeonato da Série B em 2011. Seis anos antes, o Crateús ficou na 3ª posição da Série B. A equipe também tem dois títulos da Série C do Cearense, quando foi campeão nos anos de 2004 e 2010.
Na Série B do ano passado, a equipe não conseguiu classificação para a 2ª fase, já que acabou a Primeira Fase na 4ª colocação de um grupo que continha cinco times. Apenas o Iguatu, rebaixado, foi pior que o Crateús no grupo A2 da Série B de 2014.
CRATO
Bate e volta
Após cinco anos disputando a elite do futebol cearense, o Crato quer voltar à 1ª Divisão Estadual. Na última vez que disputou a Série B, em 2009, o Crato foi vice-campeão e ascendeu para a elite, caindo apenas em 2014.
Um fato interessante é que o Crato nunca disputou a Série C do estadual. Fundado em novembro de 1997, o clube disputou a Série B pela primeira vez no ano seguinte, quando conseguiu terminar na 3ª posição.
Em 1999, o Crato conseguiu o vice-campeonato da Série B logo de cara, indo disputar a elite do futebol cearense em 2000. Com apenas 17 anos de fundação, a equipe do Cariri já soma feitos importantes.
FERROVIÁRIO
Primeira e última
Após 81 anos de história, o Ferroviário irá disputar a Série B do Campeonato Cearense pela 1ª vez. O 3º maior campeão cearense foi rebaixado em 2014 ao terminar o certame em 7º, com 18 pontos, três a menos que o Itapipoca, primeira equipe fora da zona de rebaixamento.
Com nove títulos cearenses, o Ferroviário só fica atrás de Fortaleza e Ceará em questão de títulos estaduais. Além disso, o Tubarão da Barra conta com 19 vice-campeonatos da elite, tendo terminado o estadual na 3ª posição em outras 16 vezes.
O Ferroviário luta para voltar à primeira divisão do estadual, após chegar à semifinal da Taça Fares Lopes no ano passado.
UNICLINIC/ ITAPAJÉ
Recuperando o rumo
Itapajé e Uniclinic têm algo em comum além do acesso da Série C para a Série B conquistado no ano passado. As duas equipes buscam trilhar novamente um caminho que já percorreram anos atrás. No início dos anos dois mil, ambos figuravam frequentemente entre a elite do futebol cearense.
A primeira ascensão do Itapajé ocorreu exatamente em 2000, quando foi campeão da Série B. Ficou entre os melhores por três anos e retornou à 2ª Divisão. Mas conseguiu retornar em 2006, com um vice campeonato, mas desta vez não se sustentou por mais que um ano. Em 2008 veio o golpe mais forte: queda para a última divisão cearense. Sem sucesso por três anos na luta para retornar à Série B, o clube ficou da Série C de 2012 e 2013. Voltou a disputar a 3ª Divisão em 2014 e finalmente conseguiu acesso (mais um vice campeonato).
Já a Águia da Precabura faturou a Série B de 98 e esteve na elite por cinco anos consecutivos. O rebaixamento de 2002 foi superado no ano seguinte, quando o clube foi vice-campeão da 2ª Divisão e conquistou novo acesso. Mais cinco anos na divisão principal e novo rebaixamento.
Na temporada de 2013, o Uniclinic conseguiu chegar ao limite e foi parar na Série C. A Diretoria do clube resolveu dar uma sacudida no time e fez investimento alto para a última divisão, além de reformar e reativar o Estádio Antônio Cruz. Deu certo. A Águia vai brigar novamente pela elite.
TIRADENTES
Disciplina militar
A ordem na Toca do Tigre é uma só: subir! Recém rebaixado da Série A, o Tiradentes não pensa em ficar muito tempo na divisão de acesso. E para isso manteve alguns dos jogadores da temporada passada, prometendo ser uma das equipes mais fortes da Série B.
Um dos primeiros a começar a treinar para o certame, o Tigre aposta na mesma fórmula dos acessos de 2004 e 2010, com equipe competitiva, disciplina tática e tradição. Fundado em 1961, o clube da PM faturou o primeiro e único título de campeão que possui no Estadual de 1968. Os outros dois troféus são de vice.
Vale lembrar que o Tiradentes foi também vice-campeão da Taça Fares Lopes no ano passado.
Presente de aniversário
MARACANÃ
Em janeiro o Maracanã Esporte Clube completou 10 anos de existência e há um consenso quanto ao presente preferido: o acesso. O alviceleste já esteve na Série A em 2013, fruto do título da Série B de 2012, mas não permaneceu.
A queda precoce motivou o grupo a tentar o “bate-volta” que muitas equipes já conseguiram fazer. Sem sucesso. Em 2014 o Maracanã foi apenas o 6º colocado na 2ª Divisão.
Nesta temporada há uma motivação a mais. Para se auto presentear, o clube quer o acesso. Com um estádio em construção, o sonho do torcedor maracanauense é jogar a divisão principal literalmente em casa.
NOVA RUSSAS
Nada de ser coadjuvante
O Nova Russas é o clube mais jovem a disputa da Série B. Fundado em 2008, demorou quatro anos para trocar de divisão (mas não disputou em 2010 e 2011).
Vice-campeão da Série C de 2012, disputou as duas últimas edições da Série B, mas não conseguiu acesso. O clube vai para mais uma tentativa e, sem fazer alarde, busca um lugar ao sol.
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