Depois de muitas discussões, polêmicas e pressões os “velhinhos da FIFA confirmaram nesta quinta-feira que a tecnologia poderá ser utilizada pela arbitragem para conferir se a bola ultrapassou a linha do gol durante as partidas de futebol”.
A decisão aconteceu, em uma reunião em Zurique, na FIFA, sob a presidência de Blatter. No encontro, foram aprovados por unanimidade ambos os sistemas analisados para a linha fatal: o hawk-eye ("olho de falcão"), já utilizado no tênis, com diferentes câmeras localizadas por volta da área de jogo que refazem a trajetória da bola; e o GoalRef, que utiliza um chip colocado na bola, ativado por sensores instalados na linha do gol.
Conforme explicou a FIFA, o aval está submetido ainda a um teste de instalação final em cada estádio antes que os sistemas sejam usados em partidas "reais" de futebol. A International Board ainda destaca que "a tecnologia somente será utilizada para a linha do gol e não para as outras áreas do jogo".
A entidade informou que a decisão terá efeito imediato. A aprovação veio depois de um processo de testes dessa tecnologia que durou nove meses. Membros do órgão concederão uma entrevista dando mais detalhes sobre o assunto ainda nesta quinta.
Numa medida inédita e até inesperada, a FIFA aprovou o suo de um chip nas bolas para identificar quando ela ultrapassa a linha de gol. O sistema é parecido ao adotado nas partidas de tênis para identificar se a bolinha caiu dentro ou fora da quadra.
A mudança no futebol se deveu, justamente, pelo mesmo motivo da turma do tênis: a impossibilidade humana de se determinar determinados lances. No tênis, por exemplo, as bolinhas atingem até 200 quilômetros de velocidade. No futebol, alguns chutes passam dos 120 por hora. Impossível de ser definidos totalmente pelo olho humano, no caso dos juízes.
Este dispositivo emitirá um alerta instantâneo aos árbitros assim que a bola ultrapassar a linha do gol e será testado pela primeira vez em uma competição oficial no Mundial de Clubes da FIFA, que será realizado no Japão, em dezembro, com participação do Corinthians, campeão da Libertadores. Se aprovado, será usado na Copa das Confederações de 2013 e Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
A decisão do uso do chip em bolas não torna a ação obrigatória e as confederações nacionais estão livres para colocarem em prática ou não a nova regra. Durante o encontro em Zurique, outras decisões foram tomadas. Entre elas, a manutenção dos árbitros auxiliares atrás das traves e a aprovação do uso de véus em jogos de futebol feminino. Cada um dos estádios do Mundial, em Yokohama e Toyota, terá um dos sistemas das duas empresas aprovadas para os testes.
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