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(18.01.2010) COM PÉ E CABEÇA – ANO V – Nº170 ®

Opinião
A ETERNA DISCUSSÃO SOBRE O FUTEBOL
Quando os diferentes níveis da experiência e do conhecimento sobre a matéria futebol se defrontam, afloram os inevitáveis e intermináveis conflitos
O exagerado clima de competição instaurado não só dentro das quatro linhas, como também na periferia delas, onde transitam as opiniões e seus comensais, acaba gerando um clima de permanente conflito em razão das diferentes correntes de pensamento, dentre os que se arriscam a emitir opinião.
Boa parte desses conflitos provém do desinteresse das pessoas pelo estudo e aprofundamento na matéria e/ou disciplina futebol, por entenderam que o conhecimento superficial de que dispõem é suficiente para inseri-las no contexto de conhecedores.
Deste distanciamento entre conhecedor e palpiteiro, brotam dois níveis inconciliáveis de linha de pensamento, uma delas beirando a completude, pois que ancorada numa pedagogia que encontra apoio nas vertentes formal (técnico-científica) e no do autodidatismo com base formal e informal, e a outra linha de pensamento que pode ser dita comum e/ou superficial, como resultante da mera observação/contemplação dos elementos do futebol.
Obviamente que esta última representa o estágio atual da maioria dos mortais, bem como o de alguns comentaristas. Estes, portanto, são os principais responsáveis pela confusão instaurada no meio, e como agravante, ainda há entre eles os que são torcedores de microfone. Percebam, pois, o quanto é difícil uma convivência minimamente harmônica.
Neste ponto, seria uma hipocrisia tremenda tentarmos estabelecer entre os seres pensantes uma retórica consensual. Primeiro, porque o consenso construído politicamente é falso; depois, porque precisamos mesmo é do debate, da discussão, do cruzamento de idéias, como pressuposto básico da evolução humana.
De outra parte, qualquer movimento que supervalorize o sectarismo e o dogmatismo não conta com minha adesão. Exatamente porque já me considero pequeno demais, razão pela qual preciso pensar por mim para existir. E mais. Pensar não só de forma cartesiana, mas de modo a “DEScartesiar”, como todo bom iniciado.
A fórmula para fazer dinheiro não me foi ensinada. Contudo, certo domínio da satisfação interior, pelo meu esforço como buscador pude alcançar. Portanto, não invejo a competência, porque sei que se não a tenho em profusão, é pela minha indolência.
As limitações que devem ser respeitadas são as inatas. As demais devem ser combatidas, sobretudo as que provêm de deformações do caráter. Outras há que merecem punição, às vezes até com os rigores da lei.
È inegável que em nossa sociedade prosperam o desvalor e o cinismo, causando instabilidade nas relações humanas, ambiente propício para a geração de inúmeros conflitos. Mas, se pelo menos o bombardeio fosse proporcional ao conhecimento de cada um de nós, o estardalhaço seria uns poucos estampidos. Todavia, o que se vê é muito barulho para pouca munição.
O intenso revérbero ecoa e nos aturde, porém, não o acompanha o proporcional conteúdo cognitivo. Em outros termos, é muito barulho e confusão, para pouco conteúdo refletido, conseqüente e coerente.
No futebol, poucos são os narradores e repórteres; mas, todos somos (ou queremos ser), em algum grau, comentaristas.
Assim, não dá!
BREVES E SEMIBREVES
Por pouco
o técnico Luiz Muller, já contra o Guarany/Sobral, não dá um cala boca em seus mordazes críticos. Não propriamente pelo resultado da partida, que por muito pouco não foi de vitória tricolor, mas sim pela produção técnica e, sobretudo tática, de sua equipe contra o Guarassol.
Da escalação
ao planejamento tático, Muller operou mudanças profundas em relação à equipe que enfrentou Caucaia e Limoeiro. Com a entrada dos novos contratados Peter, Gaúcho, Coquinho e Betinho, além do aproveitamento de Bismarck na meia, todo o time subiu de produção.
Infelizmente
para Müller a manutenção da boa produção não foi mantida diante do Crato, e as razões foram múltiplas. Mas, por mais que pareça absurdo, detalhes concernentes à viagem devem ser levados na devida conta. Ou devemos descrer do que dizem os especialistas no assunto preparação física?
Júnior Marquezine
é um defensor convicto do quadro de árbitros cearense. Alegra-me ver pessoas apostando na integridade umas das outras, sem corporativismo. Parabéns ao repórter pela aposta, e bom para árbitros e assistentes terem tão ferrenho defensor.
No futebol feminino
a Liga Cearense e a FCF fizeram o segundo contato desde a posse do Presidente Mauro Carmélio. Na pauta, o Calendário da modalidade para 2010, a fim de compatibilizar as competições organizadas pelas duas entidades. Existe a possibilidade de uma parceria entre ambas, só que desta vez ele deverá ser formalizada.
O desprestígio
da crônica esportiva já se tornou comum em nosso futebol. Na abertura da Segundona Cearense, no estádio Moraizão em Maranguape, os policiais a serviço podiam estacionar seus carros dentro do estádio, já os cronistas, não. Segundo Manuel Bocão, administrador do daquela praça esportiva, a ordem partiu do chefe do policiamento. Daqui a pouco, a polícia vai dizer quem pode e quem não pode jogar.
Prefeito
de Nova Russas, Marcos Alberto, consegue imiscuir-se em todos os assuntos que envolvem o futebol em seu município. É prefeito, administrador de estádio, dirigente de clube, etc. Bem que poderia ser supervisor do Nova Russas, a fim de evitar que seu time não tivesse número para entrar em campo.
Benê Lima
benecomentarista@gmail.com
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www.twitter.com/benelima2010
(85) 8898-5106

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