“Aliviado”. Foi assim que o presidente do Fortaleza Osmar Baquit, definiu seu estado de espírito após o julgamento do caso 'Fortaleza x CRB' no STJD, na tarde desta quinta-feira (3). “A Justiça foi feita”. Enfatizou o dirigente também presente à sessão do pleno, no Rio de Janeiro.
“Estamos conscientes de que estamos com a verdade do nosso lado”, observou o diretor de futebol do Tricolor, Jorge Mota, também no Rio de Janeiro que também auxiliou no trabalho de defesa do clube, comandado pelo advogado Paulo Rubens.
"A gente fica aliviado, embora tivéssemos sido absolvidos no 1º julgamento. O mais importante é que estamos com a verdade. Esse julgamento não cabe mais recurso. Estamos livres", destacou.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o Pleno do Tribunal decidiu manter a decisão do julgamento em primeira instância e não remarcar a partida entre Fortaleza e CRB, que terminou 4 a 0 e rebaixou o time paraibano.
- A presunção é de inocência em um caso como este. Era preciso que a prova fosse cristalina. Examinei com muitos detalhes os movimentos. Até o primeiro tempo, o jogo era disputado lealmente. Com o resultado do outro jogo, o Fortaleza se lançou ao ataque e, como quem estava no gol era um jogador de linha, conseguiu. CRB, coletivamente, não facilitou a partida para o Fortaleza. O time mostrou atitudes incompatíveis com quem estivesse disposto a perder – afirmou o relator do caso, Francisco Mussnich.
Houve entendimento da maioria dos auditores do STJD - a exceção foi o presidente Rubens Approbato - foi que não houve provas para determinar se realmente houve armação de resultado no encontro entre as equipes acusadas, na rodada final da fase de grupos da Série C.
A grande novidade do julgamento foi que o atacante Carlinhos Bala, que havia sido multado e suspenso por seis jogos, foi absolvido e está livre para jogar.
- Coloco a cabeça na guilhotina se provarem que houve armação de resultado nessa partida – disse Jorge Alberto Mota, responsável pela defesa de Carlinhos Bala.
Punido em primeira instância a seis jogos de suspensão de seis jogos e pagamento de multa por R$ 10 mil reais (por atitude antidesportiva), o atacante acabou absolvido, por unanimidade, da pena e está liberado para jogar.
Logo após a divulgação da sentença, Carlinhos Bala, através de seu Twitter pessoal, comemorou a decisão, agradecendo ao Fortaleza e reforçando que aguarda a diretoria tricolor para renovar seu contrato.
"Graças a Deus deu tudo certo. Eu sabia que Deus era maior porque a gente não pediu e nem comprou ninguém. Ganhamos no campo”. Twitou Bala.
Em seguida, falou do seu julgamento e ao final, agradeceu ao Fortaleza: "Muitas pessoas me julgaram por causa daquilo. Está aí a prova! O pessoal do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) agiu de forma muito correta. Obrigado por tudo, Fortaleza".
O agradecimento ao Tricolor continuou na sequência: "Quero também parabenizar toda a Diretoria do Fortaleza, em especial, o seu Departamento Jurídico, que graças a Deus ganhamos mais uma".
Depois, em dois posts, Carlinhos disse que gostaria de permanecer no clube: "Quem sabe ano que vem estaremos juntos de novo. Amei a cidade e o clube mais ainda".
No outro, o atacante revelou que tudo só depende da diretoria: "Estamos esperando o presidente (do Fortaleza, Osmar Baquit) aqui para acertar a renovação, depende dele, se Deus quiser vai dar tudo certo".
A expectativa maior é de que Carlinhos Bala retorne ao leão em 2012.
QUADRO COM O QUE FOI DECIDIDO PELO PLENO DO STJD NO JULGAMENTO:
PEDIDO DE ANULAÇÃO DO JOGO: negado por maioria de votos.
SUSPENSÃO DO ÁRBITRO: Gutemberg de Paula Fonseca foi absolvido, por maioria de votos.
MULTA AO FORTALEZA: Teve a multa reduzida de R$ 25 mil para R$ 21 mil (sendo R$ 20 mil pelo atraso do jogo e R$ 1 mil pelo arremesso de uma garrafa no campo)
MULTA AO CRB: Teve a multa reduzida de R$ 20 mil para 10 mil, por maioria de votos.
CARLINHOS BALA (FORTALEZA): Então condenado a seis jogos de suspensão mais multa de R$ 10, o jogador foi absolvido das duas penas por unanimidade.
MAISENA (CRB): Novamente absolvido por unanimidade
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