Dirigentes dos clubes da terceira divisão veem com bons olhos a proposta de unificação das 2ª e 3ª Divisões do futebol profissional cearense.
A ideia, que vem sendo gestada desde 2009, deverá ser levada à discussão e votação dos filiados na ‘Assembleia Geral’ da FCF, segundo desejo do próprio presidente, da Federação Cearense de Futebol Mauro Carmélio.
Reforçando a ideia, o Presidente do Maguary Aguiar Junior diz. “Esta mudança se mostra como uma necessidade urgente para os clubes cearenses que se encontram fora da divisão de elite, pois a cada ano fica provada a inviabilidade técnica e financeira da 3ª Divisão, pois a mesma é totalmente ‘esquecida’ por todas as empresas e instituição que colaboram com o futebol, já que não tem cobertura jornalística adequada e faltam patrocinadores, sendo que na presente temporada de 2011 cinco jogos foram realizados sem nenhum torcedor assistindo e renda ZERO, o que mostra a impossibilidade de manutenção profissional de seus elencos”.
Para ilustrar ainda mais suas afirmações Aguiar Junior prossegue: “A atual 3ª Divisão Profissional do futebol cearense é um verdadeiro ‘inferno’, pois o fracasso de público e as minguadas rendas fazem os clubes viverem situação de declínio e abandono, como foi o caso recente do América, duas vezes campeão cearense da primeira divisão, que após participar em 2009 e 2010, não se inscreveu nesta temporada de 2011. Aliás, nos últimos anos a terceirinha tem verificado dois fenômenos, no caso a redução do número de clubes participantes e a inconstância nas participações das equipes.
Sobre a redução, ano a ano, dos participantes, basta verificarem no site da Federação, onde facilmente se constata que em 2008 foram 15 (quinze) participantes na fase classificatória, sendo que em 2009 passou para 16 (dezesseis). Já em 2010 as inscrições caíram drasticamente para 12 (doze), sendo que 03 (três) deles abandonaram o campeonato (Iguatu e ’Terra e Mar’ na fase classificatória e Messejana no hexagonal final) e foram punidos pela Federação, ficando, portanto, 09 (nove) participantes naquele ano. Neste ano de 2011 os pré-inscritos chegaram a um total de 12 (doze) equipes, número reduzido para 10 (dez), tendo em vista que, além da dificuldade financeira, surgiu a necessidade de estádios devidamente autorizados pelo Ministério Público, que sabemos poucos em nosso estado”. Afirma.
Sem a devida divulgação ao público por parte da mídia, e até em determinados momentos a própria Federação cometendo falhas neste ponto ao colocar jogos em datas e locais pouco atrativo ao torcedor, logicamente influi negativamente no item arrecadação do certame.
Mantendo-se firme nas ideias mudancistas, o presidente do Maguary, ensaia inclusive algumas alternativas para o que ele chama de “Super segundona”.
“Em contraponto a todo esse caos, surge à ideia de uma ‘NOVA SEGUNDONA’ unificada e fortalecida, fruto da fusão da 2ª e da 3ª Divisão e um forte instrumento de modernização do nosso futebol, nas portas da Copa do Mundo de 2014, o que poderá levar o futebol profissional cearense a um novo patamar de competição, profissionalismo e representatividade. Os novos níveis de organização levariam o futebol profissional a planos elevados e, com melhor divulgação, mais facilmente seriam encontrados parceiros e patrocinadores para os clubes e para a própria Federação.
A ‘SUPER SEGUNDONA’ poderá ser dividida em FASES, pois a estrutura de pontos corridos é muito dispendiosa e não é usada sequer na ‘Série C’ do campeonato nacional, que conta com apoio e patrocínios importantes. A primeira fase seria a classificatória e os clubes distribuídos de forma regionalizada, visando ampliar as saudáveis rivalidades e reduzir os custos.
Vamos aguardar e torcer para que o bom senso leve a Assembleia Geral da FCF a realizar tais mudanças, tão necessárias ao incremento do futebol profissional da terra alencarina. Conclui o dirigente cintanegrino.
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