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Série D - Ferrão arrasador - Mascote do "Altos" chora eliminação de time e pede licença no serviço:


Mascote chora eliminação de time e pede licença no serviço: "Ainda muito triste"
Alex é o homem por baixo da fantasia do Jacaré, do Altos, há três anos. Com derrota para Ferroviário nas oitavas da Série D, ele não segurou as lágrimas e precisou se afastar até do trabalho; vídeo
Mascote chora eliminação de time e pede licença no serviço:  Mascote chora eliminação de time e pede licença no serviço:

A foto é emblemática. Sentado no chão, com o olhar meio atônito, um homem encara o vazio com a cabeça da fantasia de Jacaré ao lado. O homem é Alex da Costa e Silva, 32 anos, e que há três interpreta o mascote do Altos em dias de jogo. Símbolo do clube, sua imagem desconsolada dentro do campo representa o sentimento dos altoenses que pareciam não acreditar com a eliminação em casa, caindo mais uma vez nas oitavas de final da Série D e adiando o sonho do acesso. O impacto foi tão grande que Alex precisou pedir licença do emprego, onde trabalha como serviços gerais.

- Ainda estou muito triste. Até pedi afastamento do serviço por dois dias. Desde a pré-temporada que acompanho os caras no dia a dia, sou amigos de todo no clube. Essa derrota não é fácil, mas a gente tem que superar. Chorei bastante, mas tem que levantar a cabeça. Não era o nosso querer, mas a gente tem que superar. Temos que trabalhar para o próximo ano - afirma Alex. Veja no vídeo abaixo o choro do mascote.

Sua transformação no Jacaré acontece há três anos. Em 2015, quando o clube ainda disputava a segunda divisão do Campeonato Piauiense, primeira competição profissional de sua história, Alex foi convidado pessoalmente pelo presidente para interpretar o mascote que se tornaria o xodó da torcida. Mas sua relação com o Altos vem de antes disso, quando ajudava o roupeiro nos amistosos disputados ainda no amadorismo. Ligado ao esporte desde a infância, Alex demonstra seu amor ao clube em duas frases.


- A minha relação com o clube é assim: depois da minha esposa, é o clube. É uma coisa que eu prezo muito.

Essa relação tão intensa levou Alex a um pico de emoções na última semana. Na segunda-feira, com o empate fora de casa, sentiu que o tão sonhado acesso para a Série C estava próximo. No sábado, jogando em casa, viu a equipe sair atrás no placar, buscar a reação e cair no final. Para um torcedor apaixonado, todos esses acontecimentos só poderiam terminar em lágrimas.

- Eu estava confiante. A gente trabalhou a semana toda, e sabíamos que em casa a gente ia dar o nosso melhor. Quando empatou em Fortaleza, foi mesmo que acender uma luz no túnel, achei que a gente ia chegar. Quando pegamos aqueles dois gols no final eu comecei a chorar no mesmo instante - conta.

Tamanha dedicação rendeu do técnico Oliveira Canindé um agradecimento na despidada do treinador do clube.

- Queria deixar nosso abraço ao mascote, o Alex, que falou que eu comandaria o Altos na primeira divisão. Ele representa os atletas, a cidade, o clube, o Piauí, que todos nós levemos em conta esse tipo de situação para representar melhor essas pessoas. É um menino muito bom - comentou Canindé. 

 O Altos acabou derrotado por 4 a 2 para o Ferroviário nos próprios domínios e deu Adeus a competição mais importante do ano. O clube volta a campo agora apenas em 2019, quando tem um calendário lotado: disputará Campeonato Piauiense, Copa do Brasil, Copa do Nordeste e, mais uma vez, a Série D do Campeonato Brasileiro.

Fonte /fotos : GE

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