Com a Arena Castelão lotada, com
mais de 55 mil torcedores, o Ceará empatou sem gols com o Vasco da Gama, nesta
tarde, pela última rodada do Campeonato Brasileiro.
O resultado foi ruim para o Vovô
cearense que poderia ficar com uma vaga na Copa Sul-Americana, mas ficou em
15.º lugar, com 44 pontos.
E bom para o time carioca, com 43
pontos, em 16.º, mas livre do rebaixamento - já caiu três vezes nos últimos dez
anos.
A torcida do Ceará fecha com a
quarta maior média de público - 25.941 torcedores - atrás somente de três
grandes forças nacionais: Palmeiras, Corinthians e Flamengo.
CLIMA FESTIVO
Mas o clima antes do jogo era de
entusiasmo e festa. O Ceará foi saudado com muitos fogos e o técnico Lisca não
perdeu a chance de dar a volta olímpica. Mas Lisca prometia lutar pelo novo
objetivo:
"Escapamos do rebaixamento,
mas agora temos a chance de ter uma vaga na Copa Sul-Americana" - disse
ele. A última participação cearense aconteceu em 2011. O Vasco precisava
empatar para garantir, matematicamente, sua presença no Brasileirão de 2019.
MOVIMENTAÇÃO E SEM FINALIZAÇÃO
O jogo começou movimentado e em
clima de decisão pela presença marcante da torcida do Vozão. Mas o Ceará não
encontrava espaços para superar o bom bloqueio defensivo armado pelo técnico
Alberto Valentim. Quando o time carioca ameaçou sair, levou três contra-ataques,
ficou com medo e voltou a se fechar.
Com muita marcação e pegada dos
dois lados, o jogo ficou ríspido e só no primeiro tempo foram aplicados pelo
bom árbitro paulista Rafael Klaus, cinco cartões amarelos: Richardson, Samuel
Xavier e Ricardinho para o Ceará; Raul e Willian Maranhão para o Vasco.
Mas o jogo ficou mesmo sem
finalizações, tanto que os dois goleiros não fizeram nenhuma defesa. De um
lado, Éverson, do Vovô, de outro, Fernando Miguel, do cruzmaltino. Dois meros
espectadores. Faltou intensidade ofensiva.
MUDANÇA NA VOLTA
Na volta para o segundo tempo, o
Ceará voltou com uma mudança no ataque. Saiu o apagado Calyson para a entrada
de Éder Luís. Além disso, Lisca posicionou os dois volantes - Richardson e
Juninho - na frente da defesa, adiantando um pouco o meia Ricardinho para criar
jogadas aos atacantes.
Logo aos três minutos teve uma
boa chance. Samuel Xavier foi até a linha de fundo e cruzou para a pequena
área. Arthur raspou de cabeça para fora. Aos 10 minutos, outra jogada parecida.
Desta vez, Arthur bateu de chapa e no caminho ela bateu num defensor e saiu.
Aos 14 minutos, Felipe Azevedo
desceu em diagonal e bateu forte, porém, para fora.
PRIMEIRA CHANCE
A primeira grande chance vascaína
saiu aos 24 minutos. Num contra-ataque rápido, a bola foi lançada para Marrony
já dentro da área. Ele demorou para finalizar e, quando chutou, foi bloqueado
pelo goleiro Éverson.
O Ceará só respondeu aos 34
minutos, quando o volante Juninho arriscou o chute de longe, a bola subiu e
caiu em cima de Fernando Miguel. O goleiro espalmou por cima do travessão,
levantando a torcida cearense. Os últimos minutos foram tensos.
EXPULSÃO NO FIM
O Ceará não chegou na frente e o
Vasco ficou na espera de um contra-ataque que não aconteceu. Aos 45 minutos ficou
sem Samuel Xavier, que cometeu falta e recebeu o segundo cartão amarelo.
FICHA TÉCNICA
Ceará-CE 0 x 0 Vasco
da Gama-RJ
38ª rodada
Data: 02/12/2018
Horário: 17h00
Local: Arena Castelão - Fortaleza
(CE)
Árbitro: Raphael Claus-SP
Renda: R$ 1.231.465,00
Público: 55.445 pagantes
Assistentes: Danilo Ricardo Simon
Manis-SP e Rogerio Pablos Zanardo-SP
Cartões Amarelos
Ceará-CE: Richardson, Samuel
Xavier, Ricardinho
Vasco da Gama-RJ: Willian
Maranhão, Raul
Cartões Vermelhos
Ceará-CE: Samuel Xavier
Ceará-CE
Éverson;
Samuel Xavier, Valdo, Luiz Otávio
e Felipe Jonatan;
Juninho, Richardson e Ricardinho
(Wescley);
Calyson (Éder Luis), Arthur e
Felipe Azevedo (Jhon Cardona).
Técnico: Lisca
Vasco da Gama-RJ
Fernando Miguel;
Luiz Gustavo, Werley, Leandro
Castán e Willian Maranhão (Ricardo Graça);
Raul (Desábato), Andrey, Thiago
Galhardo e Kelvin;
Caio Monteiro (Marrony) e Maxi
López.
Técnico: Alberto Valentim
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