Foto: Mainichi Shimbun Com exatos 53 anos, 6 meses e 28 dias de idade, "King Kazu" quebrou um recorde, 13 anos depois, o mais que veterano Kazuyoshi Miura, de 53 anos, voltou a entrar em campo pela primeira divisão da J.League. A última vez havia sido em 2007, até então o único ano em que o Yokohama FC, clube que Kazu defende desde 2006, havia disputado a elite do futebol japonês (J1). Na temporada 2020, Kazu só tinha jogado pela Copa da Liga. Hoje foi titular e capitão pela J1 e logo no duelo contra o líder Kawasaki Frontale. O recorde anterior era de Masashi Nakayama (45 anos); o mais velho a fazer gol na J.League ainda é Zico (41 anos); no jogo de hoje, o Yokohama FC deu trabalho ao líder Kawasaki Frontale. |
QUEM È KAZU !
Kazuyoshi Miura mais conhecido no
mundo do futebol por Kazu, apenas Kazu. O atleta nasceu em 26 de fevereiro de 1967
na cidade de Shizuoka, Japão.
Em 1982, como o futebol no Japão
ainda era incipiente, Kazu deixou sua terra natal e veio sozinho para o Brasil,
aos 15 anos, pelo sonho de se tornar jogador, desembarcando nas categorias de
base do Juventus (o pai de Kazu era um empresário milionário no Japão e decidiu
apostar no sonho do filho de jogar futebol. Profissionalizou-se com a camisa do
clube paulistano aos 18 anos, em 1986.
No Santos, Kazu se tornaria o
primeiro japonês a jogar no Brasil, sendo cedido ao Palmeiras - quando o Verdão
fazia uma turnê de amistosos no Japão - e ao Matsubara, ambos no mesmo ano de
1986.
Em 1987, continuava ganhando as
manchetes ao ser o primeiro jogador asiático a defender um clube nordestino,
neste caso o CRB de Alagoas. Passaria também por XV de Jaú e Coritiba.
Pelo XV de Jaú, Kazu se tornaria
o primeiro japonês a fazer um gol no futebol brasileiro. Este fato aconteceu no
dia 19 de março de 1988, quando balançou a rede em uma partida contra o
Corinthians pelo Campeonato Paulista.
Pelo Coritiba, Kazu conquistaria
o título estadual de 1989 ao lado de Osvaldo, Carlos Alberto Dias, Serginho,
Tostão e Chicão, além do técnico Edu Coimbra.
De volta ao Santos em 1990,
encerraria o ciclo no Brasil no mesmo ano, e regressou ao Japão para defender o
Yomiuri (atual Tokyo Verdy), que pouco tempo depois se tornaria Verdy Kawasaki.
Atuaria também por Genoa
(empréstimo), Croatia Zagreb (atual Dínamo de Zagreb), Kyoto Purple Sanga e
Vissel Kobe até 2005, quando, aos 38 anos de idade, foi contratado pelo
Yokohama FC, onde atua desde então. Só saiu do time por empréstimo no final
daquele ano para disputar o Mundial de Clubes pelo Sydney FC da Austrália, onde
marcou dois gols na competição. Em 2012, o Yokohama FC emprestou Kazu ao
Espolada Hokkaido, da liga japonesa de futsal. O objetivo era "ganhar
experiencia" para participar do Mundial da Tailândia pela Seleção Japonesa
de Futsal.
Em 2016, contra o Cerezo Osaka,
tornou-se, aos 49 anos, o jogador mais velho a marcar gol num jogo oficial, ao
serviço do Yokohama FC. Na ocasião, o Yokohama venceu por 3 a 2, partida válida
pela J-League 2. O recorde anterior era do próprio Kazu.
Em 2017, Kazu entrou para a
história do futebol mundial, se tornando o jogador mais velho da história a
jogar profissionalmente uma partida deste esporte. Kazu entrou em campo com 50
anos e sete dias, 48 horas mais velho que o antigo detentor do recorde, o inglês
Stanley Matthews, que havia estabelecido o recorde em 1965.
No início de 2018, Kazu renovou
contrato por mais uma temporada com o Yokohama FC, para disputar a 33ª
temporada de sua carreira. Atuou 4 vezes na temporada (todas pela segunda
divisão japonesa), sem nenhum gol. Em janeiro de 2019, renovou por mais um ano
com o Yokohama FC, indo para a 34ª temporada seguida como jogador profissional.
Seleção Japonesa - Futebol de campo
Kazu estreou pela Seleção
Japonesa em 1990, disputando três partidas naquele ano. Seu primeiro gol foi
marcado em 1992, contra a Coreia do Norte. O primeiro título dele com os
Samurais foi a Copa da Ásia de 1992.
Esteve a um passo de disputar a
Copa de 1994, e a vaga era considerada certa por todos os japoneses - o
meia-atacante chegou a marcar 16 gols, 14 somente pelas Eliminatórias - seus
companheiros seguravam o 2 a 1 até o final do jogo contra o Iraque, quando, aos
45 do segundo tempo, Jaffar Salman marcou o gol que decretou a eliminação
japonesa, no episódio que ficou conhecido como "a Agonia de Doha".
Para vingar a eliminação em 1993,
Kazu e seus companheiros decidiram não bobear. Nas eliminatórias para a Copa de
98, o meia-atacante marcou oito gols contra Macau e dois contra o Nepal.
A convocação de Kazu era tida
como certa pelos japoneses, mas o técnico Takeshi Okada inexplicavelmente
excluiu o ídolo da lista final de convocados, preferindo convocar o jovem
Shinji Ono. Sua exclusão causou espanto e revolta entre os fãs. Aos 31 anos,
Kazu perdeu sua primeira e última chance de disputar um Mundial. Quatro anos
depois, quando o Japão foi um dos países-sede, já tinha se despedido da seleção
para dar espaço aos mais novos.
Nestas 2 eliminatórias, Kazu foi
o artilheiro, marcando 13 gols nas eliminatórias da Copa de 1994, e 14 gols
para a de 1998.[3] Além disso, estes 27 gols marcados em Eliminatórias lhe
tornaram o terceiro maior artilheiro da história da competição, com média de
1,08 tentos por jogo.
Em 2000, aos 33 anos, Kazu
retornou à Seleção para realizar sua despedida internacional. E ele não passou
em branco: marcou um gol contra Brunei e outro contra a Jamaica, tornando-se,
assim, o maior artilheiro da história da Seleção Japonesa, com 56 gols - um a
mais que Kunishige Kamamoto, medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de 1968 e
destaque do país nos anos 60 e 70.
Futsal
No ano de 2012, Kazu, aos 45
anos, se juntou à Seleção Japonesa de Futsal para disputar a Copa do Mundo de
Futsal 2012 na Tailândia.
Kazu estreou pela seleção em
amistoso contra o Brasil, no empate por 3 a 3 no dia 24 de outubro, 12 anos
depois da última partida com a camisa japonesa nos gramados. 3 dias depois,
Kazu fez seu primeiro e único gol pela equipe. A partida foi o último amistoso
preparatório da equipe, onde o Japão venceu a Ucrânia por 3 a 1.
Já no Mundial, após ter entrado
em campo na partida em que o Japão foi derrotado por 4x1 para o Brasil, Kazu se
tornou o jogador mais velho a atuar em um Mundial da modalidade.
Seleção do Resto do Mundo
Kazu participou de 2 partidas
pela chamada Seleção do Resto do Mundo, entre 1995 e 1996.
A primeira aconteceu no dia 30 de
agosto, quando enfrentou um selecionado das Américas.
A segunda foi no dia 14 de julho
de 1996, Kazu foi titular na partida em que o Brasil venceu por 2 x 1.Ele foi o
único asiático a participar desta partida.
Então no ultimo dia 23, parece até que os dois técnicos combinaram em escalar seus veteranos. Pelo lado do Golfinho, Kengo Nakamura (a um mês de completar 40 anos), recuperado de uma lesão nos ligamentos do joelho que sofreu no fim do ano passado, fazia seu primeiro jogo como titular na temporada. Pelo Fulie, além de Kazu, estavam no onze inicial também o craque Shunsuke Nakamura (42 anos, titular apenas pela terceira vez no campeonato) e o ex-seleção japonesa Daisuke Matsui (39 anos, titular pela primeira vez no ano). Eram quatro títulos de MVP em campo ao mesmo tempo. Kazu foi eleito melhor jogador da J.League em 1993, Shunsuke Nakamura em 2000 e 2013 e Kengo Nakamura em 2016. Sem falar em outros três que estavam no banco e entraram no segundo tempo: Leandro Domingues, MVP de 2011, Yu Kobayashi, MVP de 2017, e Akihiro Ienaga, MVP de 2018. Literalmente, era um confronto de estrelas do futebol japonês.
Aos 53 anos, Kazu quebrou o recorde de Nakayama e tornou-se o mais velho a jogar na 1ª divisão japonesa; ao lado dele, na foto, o técnico Shimotaira, cinco anos mais jovem. Na marcação de Kazu está o volante da seleção olímpica Ao Tanaka, que tinha 9 anos de idade e jogava pelo Kawasaki Frontale Sub-12 na última vez em que Kazu tinha atuado pela J1 — Foto: Nikkan Sports
Aos 53 anos, Kazu quebrou o
recorde de Nakayama e tornou-se o mais velho a jogar na 1ª divisão japonesa; ao
lado dele, na foto, o técnico Shimotaira, cinco anos mais jovem. Na marcação de
Kazu está o volante da seleção olímpica Ao Tanaka, que tinha 9 anos de idade e
jogava pelo Kawasaki Frontale Sub-12 na última vez em que Kazu tinha atuado
pela J1 — Foto: Nikkan Sports
Com exatos 53 anos, 6 meses e 28 dias de idade, "King Kazu" quebrou um recorde que pertencia ao seu ex-companheiro de ataque de seleção japonesa dos anos 1990. Masashi Nakayama fez sua última aparição na J1 em novembro de 2012, pelo Consadole Sapporo, quando tinha 45 anos, 2 meses e 1 dia. É claro que a participação de Kazu na partida foi mais simbólica do qualquer coisa e o recorde de jogador mais velho a fazer gol na elite da J.League ainda é de Zico, que marcou pela última vez com a camisa do Kashima Antlers aos 41 anos, 3 meses e 12 dias, em junho de 1994. Porém, no primeiro gol do Yokohama FC na partida de hoje, em escanteio cobrado por Shunsuke Nakamura que o zagueiro Yuki Kobayashi acabou marcando de costas, meio sem querer, Kazu estava posicionado logo atrás de seu companheiro, pronto para empurrar para as redes se a bola tivesse passado por ele.
O primeiro tempo tinha terminado 1x0 para o Frontale. Ao Tanaka, principal promessa para a posição de volante na seleção olímpica, marcou o primeiro ao se livrar da marcação dupla de Nakamura e Matsui (ambos com quase o dobro da idade dele) e acertar um chute cruzado, com a colaboração do goleiro Yuji Rokutan. Com apenas 22 segundos de jogo no segundo tempo, o Kawasaki pressionou a saída de bola e mais uma promessa olímpica, Reo Hatate, ampliou. Assim como no primeiro gol, a câmera da TV imediatamente foi buscar a reação de Hajime Moriyasu, técnico das seleções japonesas principal e olímpica, que assistia das tribunas do Todoroki Stadium.
Shunsuke Nakamura, MVP da J.League em 2000 e 2013, ainda está em atividade aos 42 anos; o craque japonês foi titular apenas pela terceira vez nesta temporada e registrou uma assistência na derrota do Yokohama FC para o Kawasaki Frontale por 3x2 — Foto: Daily Sports
Shunsuke Nakamura, MVP da
J.League em 2000 e 2013, ainda está em atividade aos 42 anos; o craque japonês
foi titular apenas pela terceira vez nesta temporada e registrou uma
assistência na derrota do Yokohama FC para o Kawasaki Frontale por 3x2 — Foto:
Daily Sports
Mas desta vez o roteiro não seguiu o que tem sido o padrão do Frontale, com passeio no segundo tempo e vitória de goleada. O Yokohama FC diminuiu dois minutos depois, com Yuki Kobayashi. Pouco depois, o zagueiro brasileiro Jesiel (ex-Atlético-MG) quase marcou mais um para o Golfinho em cabeceio que bateu na trave.
Kazu jogou até o minuto 56 e deu lugar a Koki Saito, 34 anos mais novo e principal joia do Yokohama FC. Depois foi a vez de Shunsuke Nakamura deixar o campo para a entrada de Leandro Domingues. E o brasileiro, que está com 37 anos e fazia apenas sua quinta partida nesta J1 (todas como substituto), colocou fogo no jogo. Em um erro na saída de bola do Frontale, Leandro deixou Yuji Senuma na cara do gol. Jung Sung-ryong salvou e a bola ainda bateu no travessão. No minuto seguinte, Hatate passou pela marcação de Yuki Kobayashi, saiu na frente do gol e não desperdiçou. 3x1 para o Frontale. Mas o Fulie logo diminuiu de novo, quando Leandro Domingues ajeitou para a bomba indefensável de fora da área do volante Kensuke Sato, que deixou o placar em 3x2. A dez minutos do fim, mais uma jogada de Leandro Domingues e Koki Saito quase empatou. Até o último minuto o Yokohama FC estava vivo na partida, algo raro de se ver em jogos do Kawasaki.
Mas não teve jeito para os visitantes. O Frontale venceu por 3x2, chegou à sexta vitória consecutiva e, graças à derrota do Cerezo Osaka na capital japonesa diante do FC Tokyo, aumentou para 11 pontos a vantagem na liderança. Cada vez mais, desenha-se uma disputa apenas pelo segundo lugar e vagas na ACL no segundo turno desta J.League.
No retorno do ídolo Kengo Nakamura, o Kawasaki Frontale venceu com gols de suas promessas, Ao Tanaka e Reo Hatate, e abriu 11 pontos da vantagem na liderança da J1; o mais veterano Yu Kobayashi, que entrou no intervalo no lugar de Leandro Damião, anotou duas assistências — Foto: Shidu Murai / Gekisaka
No retorno do ídolo Kengo
Nakamura, o Kawasaki Frontale venceu com gols de suas promessas, Ao Tanaka e
Reo Hatate, e abriu 11 pontos da vantagem na liderança da J1; o mais veterano
Yu Kobayashi, que entrou no intervalo no lugar de Leandro Damião, anotou duas
assistências — Foto: Shidu Murai / Gekisaka
Sapporo Dome (3.002)
Hidekazu Otani (52')
Kashima Soccer Stadium (3.194)
Juan Alano (90+4')
Ajinomoto Stadium (4.316)
Diego Oliveira (63'), Adailton
(66')
Todoroki Stadium (4.723)
Ao Tanaka (22', 1x0), Reo Hatate
(46', 2x0), Yuki Kobayashi (48', 2x1), Reo Hatate (67', 3x1), Kensuke Sato
(74', 3x2)
Panasonic Stadium Suita (5.153)
Mu Kanazaki (21', 0x1), Yuki
Yamamoto (53', 1x1), Takashi Usami (87', 2x1)
Noevir Stadium (2.719)
Hotaru Yamaguchi (9', 1x0),
Takeshi Kanamori (17', 1x1), Andrés Iniesta (20', 2x1), Riki Harakawa (51',
2x2), Kyogo Furuhashi (55', 3x2), Kyogo Furuhashi (68', 4x2), Daichi Hayashi
(71', 4x3)
Showa Denko Dome (4.247)
Tsukasa Morishima (70'), Douglas
Vieira (86')
Nissan Stadium (3.702)
Alexandre Guedes (10', 0x1),
Marcos Júnior (41', 1x1), Erik (70', 2x1), Erik (75', 3x1)
IAI Stadium Nihondaira (3.095)
Ryosuke Yamanaka (21', 0x1),
Shinzo Koroki (59', 0x2), Teerasil Dangda (90+1', 1x2)
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