Basquete Cearense atropela antigo algoz e mostra que voos maiores são possíveis
Quando Paulo acertou aqueles dois últimos lances-livres, certamente um torcedor mais saudoso lembrou, com pesar, daquela bola de Elinho, sete anos atrás, num Paulo Sarasate lotado. Ou da cesta perdida por Duda Machado, há duas temporadas, a quatro segundos do fim do jogo. Ou do ano anterior, quando o Basquete Cearense venceu uma série de playoffs pela primeira vez na história, mas logo em seguida foi varrido num 3 a 1 pelo próprio rival em questão. Mas não dessa vez.
A segunda-feira (8), no ginásio Antônio Prado Júnior, em solo paulista, ficou marcada como o dia em que o Basquete Cearense voou mais alto que o algoz e o tirou da janelinha. O atual campeão do NBB ficou pelo caminho e o Carcará pediu passagem para as quartas de final.
Improvável e impossível não existem no dicionário do Carcará. Uma vitória sobre o atual campeão do NBB é um baita feito. Um jogo equilibrado, com uma defesa forte do Carcará, que segurou em 74 pontos um time com média de 84. Um jogo coletivo que premiou cinco atletas com mais de 10 pontos. Um último período avassalador que destruiu as chances do rival a cada um dos 21 lances-livres (de 23) convertidos no quarto período. A propósito, foram 38 pontos no 4Q, 17 deles de Felipe Ribeiro.
Fato é que depois de quase não conseguir disputar a competição após perder o principal patrocinador, quem seria louco em apostar no Basquete Cearense para chegar aos playoffs? Depois de um início sofrível (1-8) na temporada, quem poderia supor que, num eventual playoff contra o maior algoz, o Carcará poderia surpreender não uma, mas duas vezes? Depois de sair perdendo no primeiro tempo (44 a 39) do segundo jogo, quem apostaria as fichas numa virada cearense? Quem? Talvez loucos como Dannyel Russo, Paulinho Boracini, Felipe Ribeiro, Sualisson, Paulo, Kurtz...
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