O Palmeiras jogou de igual para igual, mas foi derrotado pelo Chelsea por 2 a 1 na final do Mundial de Clubes. Na tarde deste sábado (12), após um primeiro tempo sem gols, os ingleses abriram o placar com Lukaku, mas Raphael Veiga, de pênalti, empatou, levando a decisão para a prorrogação. No final do segundo tempo, outro pênalti, mas desta vez para o Chelsea, convertido por Havertz.
Passada a frustração de perder a decisão do Mundial de Clubes para o Chelsea em Abu Dabi, o Palmeiras vai começar, de fato, a temporada 2022. O time já jogou quatro partidas do Paulistão antes de embarcar para os Emirados Árabes Unidos, mas elas serviram mais de preparação para o torneio da Fifa, no qual terminou como vice.
Os desafios do Palmeiras neste início de temporada são brigar mais uma vez pelo título do Estadual, do qual foi vice em 2021 e campeão em 2020, e conquistar de forma inédita a Recopa sul-americana. O time encara o Athletico-PR em duas partidas. Dia 24 deste mês, na Arena da Baixada, e 3 de março, no Allianz Parque. No ano passado, a equipe perdeu a competição sul-americana para o Defensa y Justicia, da Argentina.
Os jogadores, divididos entre o sentimento de tristeza e orgulho, afirmaram que a performance diante do Chelsea, um rival poderoso e superior tecnicamente, gera no grupo um efeito positivo para encarar os seus principais compromissos nesta temporada.
“Vai ter um impacto muito positivo, tivemos uma lição muito importante dentro deste jogo, que o grande desafio estava dentro de nós. Pudemos entrar e dar nosso máximo”, avaliou o jovem meio-campista Danilo, escolhido pela Fifa o terceiro melhor jogador do Mundial.
BOLA PARA FRENTE
O discurso é também de continuidade do que vem sendo feito. Uma derrota não apaga o bom trabalho do Palmeiras, que disputou sete finais em 15 meses sob o comando de Abel Ferreira e ganhou três.
“O título ia coroar os anos passados que a gente tem feito, mas não é porque perdemos a final que o trabalho vai ser jogado no lixo”, avisou Zé Rafael.
O discurso é de “cabeça erguida” e sem lamentação. Há, claro, chateação com o revés, mas o elenco entende que ganha amadurecimento e lições com o Mundial em Abu Dabi.
“O futebol é muito dinâmico, não tem tempo para ficar lamentando as derrotas, ainda mais quando a gente chega num nível em que decisões são constantemente jogadas. A gente já tem decisão pela frente, não tem que ficar pensando”, frisou Gustavo Scarpa.
“A gente fica chateado, mas a gente sai daqui muito feliz pela disposição de cada um nesses dois jogos, sai muito mais maduro, triste, mas com a cabeça erguida sempre”, endossou Raphael Veiga, o artilheiro da equipe no torneio, com dois gols.
BUSCA PELO 9
A busca pelo camisa 9 foi paralisada em virtude do Mundial. E agora será retomada. A diretoria fez várias tentativas no mês passado, mas malsucedidas. Um centroavante é o principal pedido de Abel Ferreira, que tem usado Rony improvisado na função. Contra o Chelsea, ficou evidente o quanto faz falta um artilheiro.
O clube tentou Yuri Alberto, quase conseguiu um acordo com Lucas Alario e negociou mais de uma vez com Valentín “Taty” Castellanos. Se um camisa 9 deve chegar, destaques da equipe podem sair. A diretoria havia decidido não vender nenhuma joia até o fim do Mundial. Com a janela europeia aberta até abril, é possível que venda algum de seus jovens.
O mais procurado é Danilo. Meio-campista técnico, inteligente, bom na marcação e de passe refinado, o atleta já foi sondado por equipes da Inglaterra e Itália. Até para se proteger, o Palmeiras renovou o contrato do jogador recentemente e deu a ele uma valorização salarial.
O Palmeiras deixou Abu Dabi no começo da manhã, pelo horário local, e chega ao Brasil na tarde deste domingo. Na quarta-feira, às 19h, encara a Ferroviária, em Araraquara, pelo Campeonato Paulista.
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