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Ceará e Fortaleza cogitam jogar sem público em seus campos: Itaitinga , Porangabuçu , Pici ou CT de Maracanaú.


Ceará e Fortaleza buscam uma possível alternativa para quando da realização de jogos com portões fechados, devido à pandemia do novo Corona vírus: Realizar partidas em seus próprios Centros de Treinamento. 

Sem a presença de torcida, para o fator econômico esta pode ser a melhor alternativa. Há conversas neste sentido, como destaca Robinson de Castro, presidente do Ceará.

 - “Eu tinha falado com o Dr. Mauro (Carmélio), presidente da Federação Cearense de Futebol, que precisamos utilizar o nosso equipamento, porque só temos o Castelão à disposição, e vai ser impossível tudo ocorrer no Castelão. Tem jogos com maior capacidade, outros nem tanto, imagino que alguns podem ser em Carlos de Alencar Pinto ou Itaitinga, temos que procurar desburocratizar algumas coisas, para que se diminua custos e consiga realizar a competição com várias rodadas. É algo que temos conversado, é bem razoável de acontecer” - destacou o mandatário alvinegro.

 Marcelo Paz, presidente do Fortaleza. Fala sobre a logística de televisionamento é lembrada pelo presidente Marcelo Paz, do Fortaleza.
- Eu não vejo problema nenhum, se puder jogar onde treina temos uma vantagem e estamos com espaço aberto. Agora, se for televisionado, tem que ter uma estrutura para receber. No caso, precisaríamos de alguma adaptação no CT, mas o gramado em si, vejo com muitos bons olhos.

O presidente da Federação Cearense de Futebol (FCF) prega cautela e vê o Castelão como opção mais viável e diz:
- Não creio que necessitaremos. O Castelão está apto e faltam poucos jogos para o Estadual - destacou o presidente da entidade, Mauro Carmélio.
Impacto nas contas
Jogar nos próprios campos significa menor gasto, já que não haverá despesa com aluguel do estádio, por exemplo. Em 2019, o Ceará registrou R$ 8,4 milhões em despesas com jogos, segundo balanço financeiro divulgado pelo clube. O Fortaleza teve custo operacional praticamente idêntico, de R$ 8,3 milhões. É importante destacar que os valores correspondem às despesas em jogos, e não ao resultado (lucro ou prejuízo) dos borderôs. E que partidas sem torcedores geram despesas menores, também, com logística, operação, segurança, etc. Entretanto, o custo para realização de um jogo na Arena Castelão, por exemplo, segue sendo maior que para uma partida realizada em Porangabuçu ou no CT Cidade Vozão, no caso do Ceará, e no Pici ou CT Ribamar Bezerra, no caso do Fortaleza.


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