Bahia, Ceará e Fortaleza têm em
comum, além de serem três dos quatro clubes nordestinos da Série A do
Brasileirão de 2020, três elementos consistentes em suas gestões:
profissionalismo, transparência e o compromisso com os pagamentos em dia.
Fossem empresas, não seria mais do que o esperado. Mas no cenário capenga do futebol
brasileiro, combinar esses fatores é uma façanha que transforma o trio em algo
raro.
Em campo, um grande título ainda
não veio e a missão principal ainda é manter-se na Série A, mas o caminho
parece adequado para que, a médio ou longo prazo, o cenário mude. Bahia e
Fortaleza já mostraram que é possível. No ano passado, os baianos flertaram com
a classificação à Libertadores —mas acabaram em 11º após uma reta final de
competição complicada. Já o Fortaleza terminou em nono lugar, a uma posição (e
apenas três pontos) da vaga na principal competição continental.
Some essa consistência à Copa do
Nordeste. O torneio cuja decisão de 2020 começa neste sábado, opondo Bahia e
Ceará, também ajuda a impulsionar o trio. Assim como vai crescendo junto com
eles. A "Lampions League" apresenta audiências regionais de dar
inveja a paulistas e cariocas e é, de longe, o regional mais bem-sucedido do
futebol brasileiro — lembrando que iniciativas como a Primeira Liga, com clubes
do Rio de Janeiro, Minas Gerais e da região sul, naufragou.
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