Melhor para a galera tricolor,
que bateu o Ceará por 1 a 0 na Arena Castelão neste domingo (10), com gol Wellington
Paulista aos 12 minutos.
A FESTA
Com grandes festas de ambas as
torcidas no clássico, no maior encontro do futebol cearense, as torcidas de
Ceará e Fortaleza promoveram uma festa nas arquibancadas da Arena Castelão. Com
mosaicos, show pirotécnico e muita vibração, alvinegros e tricolores realizaram
ações permanentes neste domingo (10).
FESTA TRICOLOR
Mandante do Clássico-Rei, o Leão
fez valer o maior número de torcedores e preparou três mosaicos. O primeiro
trouxe jornais com manchetes de grandes vitórias frente ao rival, além da frase
"A história conta". Depois foi a vez de um arranjo com personagens do
clube, como Marcelo Paz e Alcides Santos, e a frase "La Casa do
Troféu", em alusão aos títulos da Copa do Nordeste, Campeonato Cearense e
Série B - em 2018, atletas vestiram fantasias em alusão à série espanhola da
Netflix que trata do roubo da Casa da Moeda na Espanha.
Por fim os tricolores preparam
uma imagem permanente com o símbolo da Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF)
nas cores vermelho azul e branco. A montagem se manteve durante todo o 1º
tempo.
FESTA ALVINEGRA
No lado alvinegro, através do
setor Sul, o Ceará trouxe um mosaico intitulado "Supremacia", em que
foi exposto o histórico do Clássico-Rei, que tem vantagem do Vovô, além dos
artilheiros Mota e Sérgio Alves. Na sequência foi exposto o nome da Torcida
Organizada do Ceará (TOC) e caixões que lembravam os oito anos do Fortaleza na
Série C.
A expressão "8C" também
foi exibida como forma de provocação aos torcedores rivais. No ano passado, o
atacante Arthur Cabral entrou em campo pela última vez com a camisa do Vovô
tendo a sigla desenhada no próprio cabelo.
OS NÚMEROS
Com a vitória deste domingo, o
Leão se afastou ainda mais da zona de rebaixamento, abrindo seis pontos na
tabela. Apesar do resultado ruim, o Vovô não entra no Z-4 ao fim desta 32ª
rodada. No total, 46,093 torcedores compareceram ao Clássico-Rei.
O resultado complica o Vovô na
tabela, uma vez que o clube segue estagnado nos 36 pontos e pode ver a vantagem
sobre a zona de rebaixamento cair para dois - caso o Botafogo vença o Avaí e
deixe o Z-4. Adilson espera uma reação na competição frente a Chapecoense no
próximo domingo (17), às 18 horas, pela 33ª rodada.
TÉCNICO DO CEARÁ
O Ceará pressionou o Fortaleza,
buscou o resultado, mas acabou derrotado por 1 a 0 na Arena Castelão. Mesmo sem
contar com força máxima, o técnico Adilson Batista conseguiu montar um time
ofensivo e que dominou as ações, apesar de entrar em campo com três zagueiros.
O comandante alvinegro lamentou o vacilo logo aos 12 do 1º tempo que resultou
no gol tricolor.
"A gente jogou bem, o
problema é o processo de construção. Pecamos nisso. Você está perdendo o jogo,
muda e arrisca. Acho que tivemos um volume bom, rodou, Samuel chegou umas
quatro vezes. É que temos que entender que alguns têm dificuldades, CK alto,
perna pesada. O adversário se comportou como vem jogando há dois anos. Tivemos
uma desatenção no primeiro gol que nos custou a vitória no clássico", destacou.
"Quem comanda e quem dirige
tem que ter serenidade, ter consciência e saber perder. Da minha parte continua
o processo de organização, seriedade e respeito com o clube. Vamos focar em
vencer em Chapecó. Espero um jogo difícil, como eles tem feito em outros jogos.
Vamos nos preparar adequadamente para as dificuldades do jogo", explicou.
O JOGO
O 1º tempo teve o domínio do
campo do Ceará, porém, o dono das melhores ações foi o Fortaleza. O time de
Ceni se postou em um 4-4-2 eficiente, apostando, como sempre, nos
contra-ataques puxados por Romarinho e por Osvaldo, principalmente pela esquerda.
Já o Vovô mudou sua formação,
organizado em um 3-4-3 com Brock como zagueiro pela esquerda, espetando os
laterais. Galhardo voltava bastante para ajudar na criação, junto de Ricardinho
e de Fabinho.
O Leão abriu o marcador em grande
jogada de Romarinho, que tocou para Osvaldo pela esquerda na área. O camisa 11
cabeceou, encobrindo o goleiro Diogo Silva, mas, antes da bola morrer no fundo
das redes, Wellington Paulista garantiu que ela entrasse logo, fazendo seu 13º
gol no Brasileirão, aos 12 minutos.
A partir do gol, o Ceará se
postou ainda mais à frente, abusando de João Lucas e de Samuel Xavier nos
flancos, que tentavam achar ou Felippe Cardoso, sumido no 1º tempo, ou Thiago
Galhardo.
O Fortaleza teve paciência para
explorar as costas do meio de campo alvinegro, esperando os contragolpes.
Na 2ª etapa, Adilson deixou o
sistema de 3 zagueiros, lançando Wescley no lugar de Valdo, adotando um 4-2-3-1
mais vertical. Porém, a falta de intensidade se manteve, sem conseguir quebrar
o bloco defensivo tricolor.
O Alvinegro de Porangabuçu ainda
tentou mudar o jogo com Leandro Carvalho e Mateus Gonçalves nos lugares de
Galhardo e de Felipe Silva, mas teve pouco sucesso, parando na defesa bem postada
montada por Rogério Ceni.
Após o jogo alguns torcedores do
Ceará quebraram cadeiras da Arena Castelão e as arremessaram no campo. A reação
veio durante confronto com agentes da polícia e não foi aceita por todos os
alvinegros, que ocuparam apenas o setor norte do estádio devido mando de campo
tricolor.
Na 33ª rodada, o Fortaleza
enfrenta o CSA no domingo (17), às 19h, na Arena Castelão. Já o Ceará encara a
Chapecoense às 18h, na Arena Condá, no mesmo dia.
FICHA TÉCNICA
FORTALEZA 1 X 0 CEARÁ
Local: Arena Castelão, em Fortaleza (CE)
Data: 10 de novembro de 2019 (domingo)
Horário: 19h (de Brasília)
Arbitragem: Flavio Rodrigues de Souza (SP)
Auxiliares: Alex Ang Ribeiro e Neuza Ines Back (SP)
VAR: Marcio Henrique de Gois (SP)
Cartões amarelos:
Bruno Melo, Osvaldo, Quintero, Gabriel Dias (Fortaleza);
Valdo, Eduardo Brock, Wescley, Leandro Carvalho (Ceará)
Gol: Wellington Paulista, aos 12 minutos do primeiro tempo (Fortaleza)
Fortaleza: Felipe Alves; Gabriel Dias, Quintero, Jackson (Paulão) e Bruno Melo; Felipe e Juninho; Romarinho, André Luís (Kieza) e Osvaldo (Nenê Bonilha); Wellington Paulista.
Técnico: Rogério Ceni
Ceará: Diogo Silva; Samuel Xavier, Eduardo Brock, Valdo (Wescley), Luiz Otávio e João Lucas; Fabinho, Ricardinho, Felipe Baxola (Leandro Carvalho) e Thiago Galhardo (Mateus Gonçalves); Felippe Cardoso.
Técnico: Adílson Batista
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