Rivais dentro de campo, Icasa e
Guarani passam por situações semelhantes. As duas equipes vivem em crise
financeira e política. Curiosamente, os times estão sendo dirigidos por
presidentes interinos e sem definições quanto as eleições, principalmente por falta
de candidatos.
No Guarani, Robério Arrais está
no comando desde a saída do ex-presidente Fábio Modollo. O Leão do Mercado
quase foi rebaixado no Campeonato Cearense, foi desclassificado na Série D do
Brasileiro, ainda na primeira fase, e desistiu de disputar a Taça Fares Lopes
por dificuldade financeira. A eleição para definir o novo presidente executivo
foi adiado e até agora ninguém aparece para se candidatar.
No Icasa, Valdenor Agra renunciou
a presidência, pressionado pelo conselho deliberativo do clube, após o fracasso
na Série B do Cearense. O grande objetivo de voltar à elite do futebol
alencarino não aconteceu. As dificuldades financeiras também fizeram o Verdão
do Cariri não disputar a Taça Fares Lopes. A eleição do clube está indefinida.
O presidente interino, Flávio
Barroso, se desentendeu com o único candidato que tinha, o advogado Juarez
Saraiva. Esse desentendimento fez com que o advogado desistisse de lançar a
chapa, para concorrer a presidência do Icasa e o conselho deliberativo resolveu
prorrogar o prazo de inscrição por mais 60 dias. No Icasa, até surgiram nomes
para concorrer na próxima eleição, mas a taxa de inscrição de cinco mil reais,
acabou afastando outros candidatos da disputa.
Enquanto a crise não passa, o
torcedor de Icasa e Guarani sofrem com as indefinições e esperam soluções. A
realidade anda tão complicada que até a rivalidade das duas equipes anda
abalada. Um clássico juazeirense, que tanto movimentou a cidade e as
arquibancadas do estádio Romeirão, não ocorre há anos e do jeito que as coisas
estão se encaminhando, até para um amistoso, está difícil.
Toni Sousa
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