De quebra, o Colorado completou 13 jogos
invicto, um recorde do clube na competição desde 2006 e carimbou vaga na Copa
Libertadores
Ainda não foi nesta rodada que o
Palmeiras se tornou campeão brasileiro. Graças à vitória do Internacional, por
2 a 1, sobre o Ceará, nesta quarta-feira
à noite, dentro do Beira-Rio, pela 34.ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time
gaúcho é o único, de forma matemática, que pode tirar o esperado título do
Palmeiras, virtualmente campeão da temporada.
De quebra, o Colorado completou
13 jogos invicto, um recorde do clube na competição desde 2006 quando ela se
tornou de pontos corridos. Esta também, matematicamente, na Copa de
Libertadores de 2023, na sua fase de grupos.
DIFERENÇA DE PONTOS
Com 64 pontos, o Colorado voltar
à vice-liderança, que estava provisoriamente, nas mãos do Flamengo, com 61
pontos. Mas a diferença para o Palmeiras, com 74 pontos, ainda é grande. São 10
pontos e agora são faltam quatro rodadas, ou seja, 12 pontos para cada time
disputar.
Depois de um primeiro tempo ruim,
com muitos erros e nervoso por sofrer um gol logo aos cinco minutos, o
Internacional foi melhor em campo, principalmente, no segundo tempo quando
sufocou o adversário. Virou o placar e com méritos.
VOVÔ EM PERIGO
Complicada é a situação do Ceará,
que não vence fora há cinco meses e completou oito jogos sem vencer no
Brasileirão. Com 34 pontos segue em 16.º colocado, mas pode ser ultrapassado
por Atlético-GO (33 e pega o são Paulo no Morumbi) e pelo Cuiabá (31 pontos e
que recebe o Avaí), com os dois jogos acontecendo nesta quinta-feira.
PÊNALTI PRO VOZÃO
Ainda nos vestiários, o
Internacional sofreu mais uma baixa: o centroavante Alemão não s sentiu bem e
acabou vetado. Era sinal de uma noite ruim? Talvez.
O torcedor Colorado, mais
supersticioso, não gostou do começo do jogo, porque logo aos dois minutos saiu
um pênalti para o Ceará. Bruno Pacheco tabelou com Cléber, foi tocado pelas
costas por Igor Gomes e caiu. O árbitro paranaense Ramon Abatti Abel marcou o
pênalti, confirmado pelo VAR.
Na cobrança, o atacante Lima,
ex-Grêmio, chutou forte no canto direito de Keiller, que ainda tentou ir na
bola. Mas não deu tempo: 1 a 0, aos cinco minutos.
MUITOS ESPAÇOS
O gol não foi bem digerido, nem
mesmo o pênalti. Os jogadores gaúchos pareciam irritados, uma irritação que foi
aumentando aos poucos. Como conseqüência, muitos erros de passes e espaços para
os contra-ataques cearenses.
Um minuto após o gol, o mesmo
Bruno Pacheco avançou pela esquerda e chutou forte, com a bola passando bem
perto. Um novo susto para a torcida.
CHANCES E PÊNALTI
Mas o jogo ficou aberto. Aos 22
minutos, Da Pena arriscou de fora da área pelo alto e o goleiro João Ricardo
mandou a bola por cima com as duas mãos. Aos 25 minutos, o Ceará respondeu em
chute e Vina que passou perto do goleiro gaúcho.
Sem infiltrações, o Internacional
insistia em chutes de longe. Aos 33 minutos, Pena chutou cruzado e a bola
passou perto da trave esquerda. Mas o ‘lance capital’ aconteceu aos 41 minutos,
quando Pedro Henrique desceu pelo lado direito, invadiu a área e cai após toque
por baixo de um adversário. A torcida de levantou, gritou e pediu pênalti,
repetindo os gestos dos jogadores em campo.
Mesmo sob protestos, o árbitro
manda o lance seguir e nem é chamado pelo VAR. A partir daí, o técnico Mano
Menezes perdeu a paciência à beira do gramado. No intervalo ele ‘soltou o
verbo’.
MAIS RECUADO
Na última parte ainda do primeiro
tempo, o Ceará já estava bem recuado, aceitando a pressão do Internacional. No
segundo tempo, com a chuva mais forte, o visitante continuou no seu campo
defensivo.
O Internacional fez sua parte.
Adiantou a marcação e passou a abusar dos levantamentos para dentro da área. Os
zagueiros seguraram bem nos cabeceios e o goleiro João Ricardo também sai bem
do gol para afastar ou pegar as bolas.
De tanto pressionar, o
Internacional empatou aos 19 minutos. O cruzamento rasteiro saiu do lado
esquerdo da área, passou no primeiro pau, passou no meio e sobrou do outro lado
para Edenilson. Sozinho, ele dominou a bola e, com calma, só deu um toquinho
para as redes.
ARTILHEIRO DO COLORADO
Este é seu 10.º gol na temporada,
passando Alemão na artilharia do time, com nove gols. Sempre contestado pela
torcida, o volante Edenilson disputou 315 jogos com a camisa do Colorado.
Aos 28 minutos, mais um lance de
pênalti. Desta vez marcado. Alan Patrick pegou de sem-pulo um rebote da defesa
e tentou soltar a bomba. A bola tocou no braço do zagueiro Luiz Otávio. Em
princípio, o árbitro não marcou a penalidade máxima, mas depois de ver o VAR
confirmou o lance.
PÊNALTI BEM BATIDO
Os jogadores do Ceará reclamavam,
antes da batida no braço, um empurrão em cima do próprio Luiz Otávio, que o
teria desequilibrado. Mas diante de tanta pressão, o árbitro não desistiu da
marcação. A cobrança de Alan Patrick foi
perfeita: forte e no alto, do lado direito de João Ricardo que ainda saltou do
lado certo. Mas não alcançou a bola, aos 32 minutos.
PRÓXIMOS JOGOS
O final de semana será de
eleições, por isso, os jogos da 35.ª rodada serão disputados no meio de semana.
O Internacional vai até Belo Horizonte para enfrentar o América-MG, dia 2
(quarta-feira e feriado), às 16h.
O Ceará já entra em campo na
segunda-feira, dia 31 de outubro, de volta ao castelão diante do Fluminense, a
partir das 20h.
FICHA TÉCNICA
Internacional2x1 Ceará
Fase:Única
Rodada:34ª
Data:26/10/2022
Hora:21:45
Arbitro:Ramon Abatti Abel (PR)
Assistentes:Eder Alexandre (PR) e Thiaggo Americano Labes (PR)
Estádio:Beira-Rio
Público:10.544 total – 8.207 pagantes
Endereço:Porto Alegre (RS)
Renda:R$ 181.476,00
Cartões Amarelos:
Ceará: Giovane e Luiz Otávio
Internacional: Mano Menezes
GOLS:
Ceará: Lima 5’/1T (pènalti)
Internacional: Edenilson 19’/2T e Alan Patrick 32’/2T (pênalti)
Internacional
Keiller;
Igor Gomes (Weverton), Rodrigo Moledo, Vitão e Renê;
Edenilson, Alan Patrick (Lucas Ramos) e Carlos de Pena;
Pedro Henrique (Maurício), Wanderson (Taison) e Braian Romero (David).
Técnico: Mano Menezes
Ceará
João Ricardo;
Nino Paraíba (Zé Roberto), Gabriel Lacerda, Luiz Otávio e Bruno Pacheco (Guilherme Castilho);
Fernando Sobral, Geovane (Yury Castilho), Vina e Diego (Victor Luis);
Lima e Cléber (Michel)
Técnico: Lucho González